Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 66,03 / kg
Soja - Indicador PRR$ 133,43 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 139,32 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,33 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,75 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,24 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,33 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,29 / kg
Ovo Branco - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 140,40 / cx
Ovo Branco - Regional Grande BH (MG)R$ 142,90 / cx
Ovo Vermelho - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 154,55 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande BH (MG)R$ 158,45 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 133,50 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 147,71 / cx
Frango Congelado - Indicador SPR$ 8,01 / kg
Frango Resfriado - Indicador SPR$ 8,08 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.192,47 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.082,27 / t
Ovo Vermelho - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 145,66 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 135,57 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 132,70 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 146,14 / cx

Economia

Racha de países

<p>Negociação para retomada da Rodada Doha provoca tensão entre emergentes. Brasil quer acordo em 2009.</p>

Os países em desenvolvimento mostraram ontem um claro racha sobre as condições para retomar a Rodada Doha e concluir rapidamente o acordo global de liberalização agrícola, industrial e de serviços, numa série de articulações em Paris. Brasil, Índia e África do Sul, com influência decisiva na negociação, divulgaram comunicado advertindo os EUA de que no meio do pior ambiente econômico desde a depressão dos anos 30, seria “pouco razoável e irrealístico” esperar mais “concessões unilaterais” dos países em desenvolvimento.

Já um grupo de 11 países, que inclui México, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Costa Rica, propôs um acordo rapidamente em Doha sem as mesmas precauções. O grupo, que já tem tarifas bastante baixas, pede para os parceiros mostrarem “vontade política”, argumentando que a conclusão da rodada ajudaria a retomada econômica.

Ron Kirk, o novo negociador comercial chefe dos Estados Unidos, só conseguiu mesmo uma promessa de que os países podem aceitar negociações bilaterais diretas também, para discutir barganhas, mas na prática é o que já vinha ocorrendo. Kirk queria partir com um claro compromisso de que a abordagem da negociação mudou. Para o Brasil isso significaria reconhecer que há insuficiências nas concessões dadas aos EUA. E a resposta foi um claro “não”.

Um grupo de 12 ministros se reuniu na embaixada da Austrália com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, mas não houve avanço. Para o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o fato positivo foi que EUA e Índia demonstraram disposição de conversar.

Como retomar a negociação, porém, é outra questão em aberto. Surgiram propostas de se tentar concluir a negociação global até meados do ano que vem, o que não agradou ao Brasil. “Isso me deu arrepios, porque estaremos em plena campanha eleitoral”, reagiu Amorim. Para o Brasil, a negociação teria de avançar este ano, porque no meio de período eleitoral fica difícil usar mesmo a pequena flexibilidade que ainda dispõe o país para negociar corte tarifário.

Lamy, por sua vez, jogou na mesa as cifras de queda livre do comércio mundial: contração de 14% no comércio dos países desenvolvidos e 7% nos países em desenvolvimento. Só que estes dependem mais do comércio e sofrem mais as consequências da crise global.

Na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), também houve uma enxurrada de discursos, com vários ministros alertando sobre os perigos do protecionismo.