Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 64,36 / kg
Soja - Indicador PRR$ 129,01 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 134,39 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 13,12 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,93 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,35 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,58 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,27 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,40 / kg
Ovo Branco - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 139,82 / cx
Ovo Branco - Regional Grande BH (MG)R$ 142,75 / cx
Ovo Vermelho - Regional Gande São Paulo (SP)R$ 155,39 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande BH (MG)R$ 155,63 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 134,84 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 147,74 / cx
Frango Congelado - Indicador SPR$ 7,99 / kg
Frango Resfriado - Indicador SPR$ 8,14 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.284,38 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.227,33 / t
Ovo Vermelho - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 145,83 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 136,41 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 139,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 156,59 / cx

Plano Safra

Plano Safra 2025/26: desembolsos caem 25% no primeiro mês com alta de juros e incerteza

No primeiro mês do Plano Safra 2025/26, desembolsos caem 25% devido à alta de juros e incertezas no mercado financeiro

Plano Safra 2025/26: desembolsos caem 25% no primeiro mês com alta de juros e incerteza

O primeiro mês do Plano Safra 2025/26 registrou uma retração de 25% no total de valores desembolsados pelas instituições financeiras. Em julho deste ano, foram concedidos R$ 24,2 bilhões em financiamentos pelas linhas tradicionais de crédito rural, contra R$ 32,2 bilhões no mesmo período de 2024. A retração foi menos acentuada nas linhas de Cédulas de Produto Rural (CPR), que aumentaram 4% no período.

Gilson Bittencourt, subsecretário de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, atribuiu o desempenho à alta nas taxas de juros e ao atraso na publicação da portaria de equalização, que só ocorreu em 14 de julho. Wilson Vaz de Araújo, secretário-adjunto do Ministério da Agricultura, observou que a queda nos desembolsos é resultado da cautela dos produtores e da menor liquidez no campo, o que pode levar as instituições a pedir garantias reais para novos financiamentos.

Impacto nos Investimentos e no Moderfrota

A principal queda ocorreu nas operações de investimentos, que saíram de R$ 5,5 bilhões para R$ 1,9 bilhão, algo já esperado pelo governo devido aos juros mais altos e às incertezas do mercado. O Moderfrota, maior programa de financiamento de máquinas agrícolas, teve o pior julho desde 2014, com apenas R$ 71,8 milhões desembolsados, uma queda significativa em relação aos R$ 671,2 milhões de 2024.

O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão Bastos, disse que o resultado é “normal” devido ao atraso na operacionalização do Plano Safra. Contudo, Bastos ressaltou que a guerra tarifária dos EUA também injetou uma “dose extra de instabilidade no mercado”, fazendo com que as fabricantes de máquinas prevejam uma alta de apenas 2% nas vendas no segundo semestre, contra 20,7% no primeiro. O BNDES, no entanto, informou que já aprovou mais de 40% do volume de recursos disponíveis para o Moderfrota.

José Carlos Vaz, consultor jurídico do Agronegócio, atribuiu a retração dos desembolsos à conjuntura do setor, que recomenda a redução de alavancagem dos produtores, e aos “soluços” orçamentários na equalização, que levaram as instituições financeiras a um “olhar mais crítico” na concessão de crédito. Ele também citou que os recursos obrigatórios, provenientes de depósitos à vista nos bancos, estão comprometidos com prorrogações e renegociações de dívidas.

A única alta no primeiro mês da safra foi nas operações para industrialização, que saíram de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,3 bilhões. Houve quedas pontuais no acesso ao Pronaf (pequenos) e ao Pronamp (médios produtores), mas a retração mais acentuada foi nos programas para grandes produtores.