
Empresários brasileiros estão se unindo para explorar uma vasta área de 800 mil hectares nas províncias de Malanje e Cuanza-Norte, em Angola, para cultivar em grande escala commodities nas quais o Brasil se destaca globalmente, como soja, milho, algodão, laranja e carnes bovina, suína e de aves.
Raimundo Lima, presidente da Câmara de Comércio Angola-Brasil (CCAB), descreveu o projeto durante o evento GreenFarm, em Cuiabá, como “um verdadeiro polo de intensificação da produção”. Ele destacou que a iniciativa vai além da simples concessão de terra, contando com medidas de estímulo coordenadas entre os dois países.
A implementação do Polo de Produção Agrícola contará com a participação de dois bancos angolanos para financiar as operações de logística interna e a cobertura de custos locais por um período que deve ser definido entre três e cinco anos. Para garantir a viabilidade, o Fundo Soberano de Angola (FSA) terá uma participação nas garantias do financiamento até que os investimentos sejam recuperados com o início das exportações dos produtos.
A ação reforça a cooperação bilateral e busca aplicar a expertise agrícola brasileira para desenvolver o setor agropecuário angolano.
Referência: Economia e Mercado