
O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) criou uma nova linha de crédito, denominada Verde Agro, para atender à demanda do agronegócio na implantação de projetos de agricultura sustentável. A linha integra o montante de R$ 2 bilhões orçado pelo banco para financiar a safra 2025/26 em Minas Gerais e faz parte da agenda de preparação do estado para a COP 30.
A nova linha financiará projetos de recuperação de pastagens, agricultura 4.0, compra de equipamentos e outras iniciativas voltadas à sustentabilidade, incluindo:
- Tecnologias para monitoramento climático e controle de pragas.
- Manejo regenerativo do solo.
- Instalação de biofábricas.
- Agricultura de baixo carbono com integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
- Sistemas de geração e distribuição de energia limpa.
Um dos principais diferenciais da linha é o prazo alongado de até 12 anos, com dois anos de carência. As taxas de juros começam a partir de 1,4% ao ano mais a Selic.
Gabriel Viégas Neto, presidente do BDMG, afirmou que “a transição para a agricultura sustentável e resiliente é um investimento crucial para quem projeta crescer no mercado nacional e internacional”. Ele destacou que a linha atende ao setor que busca modernização, permitindo “avançar em produtividade e se posicionar de forma estratégica diante das mudanças climáticas”.
O banco já possui outras linhas de financiamento para agricultura sustentável, como o Renovagro. O grupo Gran Milho, de Araxá (MG), por exemplo, obteve R$ 20 milhões via Renovagro para recuperar áreas degradadas e investir em plantio de citros, beneficiando-se da taxa de juros menor que a de mercado e da rápida liberação do aporte. A Agropecuária Canabarro também acessou crédito do BDMG e cresceu 10% neste ano com o uso de defensivos biológicos e a criação de uma on farm para fabricar seus bioinsumos, o que resultou em solo mais saudável e produtivo.











