Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,42 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,10 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,94 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,31 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,29 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 127,12 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,72 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,32 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.041,80 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 125,76 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 123,01 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 121,24 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,37 / cx

Agroindústrias

Marfrig e RS fecham negociação até fim do mês

Empresa pede incentivos fiscais e taxação em saída de animais.

Marfrig e RS fecham negociação até fim do mês

Estado e Marfrig projetam para mais 10 dias as negociações em busca de medidas que evitem o fechamento de uma unidade de abates e assegurem rentabilidade e manutenção futura do negócio da companhia no Rio Grande do Sul. Reunião ontem entre o comando de três secretarias (Agricultura, Desenvolvimento e Fazenda), Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam)  e executivo da empresa confirmou que uma das medidas será a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na importação de produtos. O Marfrig quer adoção de taxação para desestimular o envio de bovinos vivos para abates em outros estados. São Paulo é hoje o maior “importador” de animais em pé, destinados a um projeto de confinamento e abate do JBS.

Além disso, o Marfrig, com quatro unidades em operação no Estado — três de abate (Alegrete, São Gabriel e Bagé) e uma de corned-beef em Hulha Negra —, pede incentivos que reduzam custos de trazer animais de outros estados para processar no Rio Grande do Sul. O diretor regional do Marfrig, Rui Mendonça, não detalhou os temas do encontro, na sede da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), no Centro Administrativo do Estado. Mendonça disse que “avançamos mais uma etapa, mas a pauta com o governo é parte de uma série de assuntos a serem solucionados, buscamos uma reavaliação da operação”. Em nota no fim da tarde, a empresa reforçou que discutiu-se “ações para aumento da sustentabilidade na cadeia da pecuária, além de questões tributárias”. A empresa indicou ainda a expectativa de que as negociações “para ajustar as condições mercadológicas enfrentadas pelo setor pecuário no Estado sejam concluídas até o fim do mês”.

O secretário em exercício da SDPI, Luís Fernando Marcondes Farinati, confirmou que a empresa alega dificuldades para abastecer os frigoríficos e ressaltou que as medidas não serão tomadas apenas para atender à líder de abates no Estado. Sobre o pedido de taxação, medida recusada pelo setor primário, Farinati preveniu que só será adotada se tiver apoio dos produtores. O secretário informou que Mendonça indicou que as tratativas com o sindicato dos trabalhadores da alimentação de Alegrete para equacionar o banco de horas, um dos itens mais cruciais na conta da operação, estariam bem encaminhadas. A sazonalidade de produção reforçaria o instrumento como essencial para manter aberta a unidade. “É um dos fatores que mais podem levar ao fechamento”, afirmou o secretário, caso não haja acordo entre empresas e sindicato.

Em nota, o titular da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), Odir Tonollier, esclareceu que mecanismos fiscais, como a isenção do ICMS na importação, fazem parte da “política de proteção da indústria gaúcha ante a concorrência predatória de outros estados”. Segundo Tonollier, a medida garantiria competitividade e manutenção de empregos. O governo condiciona quaisquer incentivos à manutenção dos atuais empregos na operação gaúcha e funcionamento do frigorífico de Alegrete, que gera 640 empregos e pode abater até 700 animais ao dia.

Farinati comunicou que o Marfrig se propõs a centralizar no Estado, pelo Porto do Rio Grande, as importações que hoje são feitas por Santa Catarina e pelo Mato Grosso do Sul. A alíquota do ICMS é de 4%, a mesma que é aplicada a micro e pequenas empresas optantes do Simples Nacional e que se popularizou como Imposto de Fronteira. O Estado formalizaria o incentivo em decreto, pois, segundo a Sefaz, já “existe precedente em outras unidades da federação”. Foi descartadA a aplicação de medidas isoladas. “Vamos fechar a negociação em 10 dias, mas a decisão depois é do Marfrig”, adiantou Farinati. Outro tema reivindicado é de ampliar a rastreabilidade de bovinos, que é alvo de grupo com produtores, indústria e governo.