Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,46 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,21 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,60 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,91 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,27 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,34 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 106,48 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 112,73 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 121,70 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 123,17 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 102,62 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 114,21 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,07 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 111,43 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 104,92 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 112,55 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 127,71 / cx

Cuidado com o meio ambiente dá lucro a suinocultores

<p>Com o adubo produzido nas propriedades, economia pode chegar à R$ 97,5 mil por ano na compra de fertilizantes.</p>

Redação SI (05/06/06)- Há 23 anos criando suínos, o produtor Arão Antônio Moraes, 57 anos, nunca imaginou que os resíduos, principal problema da atividade, se tornariam aproveitáveis em escala industrial. Com investimento de R$ 700 mil em três biodigestores, em parceria com a Agcert e a Sansuy, os dejetos dos suínos passaram a ser transformados em biofertilizante e energia elétrica.

Com o adubo produzido na propriedade, Moraes passou a economizar R$ 97,5 mil por ano na compra de fertilizantes. A pastagem passou a ter aproveitamento maior. Antes, cada ha comportava de duas a três cabeças de gado. Graças ao biofertilizante, a quantidade de reses no mesmo espaço é cinco vezes maior, de 10 a 12 bovinos/ha. Arão Moraes contabiliza ainda redução superior a 50% na conta de energia elétrica.

Dos 100 metros cúbicos de gás metano gerado por hora a partir dos dejetos, 30% são transformados em energia elétrica. Quantidade suficiente para tocar a fábrica de 1 milhão de quilos de ração por ano. O gerador tem capacidade para 75 kVA (quilovolt-ampre).

Crédito de carbono
Além de toda essa economia, em torno de R$ 175 mil por ano, o pagamento de crédito de carbono tornou o Protocolo de Kyoto o divisor de águas da suinocultura. Para reduzir a emissão de gases tóxicos na atmosfera, o produtor passa a receber o equivalente a quatro euros por matriz. Com duas mil matrizes e produzindo 42 mil suínos por ano, Arão Antônio Moraes deverá receber em torno de R$ 24 mil por ano.

Graças ao biodigestor, as granjas de Moraes deixam de jogar 100 metros cúbicos de gás metano 21 vezes mais poluente e nocivo do que o dióxido de carbono na atmosfera. O gás que não é transformado em energia elétrica é queimado. Esse mecanismo é conhecido como seqüestro de carbono, que é convertido em crédito e comercializado, com certificação da Organização das Nações Unidas (ONU), nos países industrializados.

A “economia fantástica”, como define Moraes, chegará a outros setores da economia. Conforme o gerente regional de Operações Ambientais da Agcert, Oldemar Eichelt, os benefícios do tratado chegarão à agroindústria, também considerada altamente poluente, como curtumes, frigoríficos, fecularias e abatedouros.

Além disso, produtores rurais podem ganhar com reflorestamento e projetos de agrossilvopastorias. Prefeituras também podem ganhar com a transformação de lixões em aterros, o que pode render, somente para Campo Grande, R$ 1 milhão por ano em créditos de carbono.