Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,48 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,23 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,62 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,92 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,24 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 106,48 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 112,73 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 121,70 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 123,17 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 102,39 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 114,21 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,07 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 111,43 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 105,78 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 114,15 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 127,71 / cx

Calor excessivo afeta criações, afirma pesquisadora

<p>Irenilza de Alencar Naas coordenou um balanço que traz estimativas do cenário e dados comparativos da produção animal frente aos relatórios IPCC.</p>

Redação (30/07/2008)-  O aquecimento global já afeta a cadeia produtiva de carnes, acarretando aumento do custo de produção e perda de competitividade internacional. O alerta é da professora da Faculdade de Engenharia Agrícola, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Irenilza de Alencar Naas. A pesquisadora coordenou um balanço que traz estimativas do cenário e dados comparativos da produção animal frente aos relatórios IPCC (do inglês Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas).
O prognóstico mais otimista mostra um acréscimo do custo na criação de bovinos em 80%, com o aumento da temperatura. " uma visão otimista. Os custos podem até dobrar",avalia.
Segundo ela, a incidência maior nos custos de produção é a alimentação. Cerca de 98% da pecuária é desenvolvida a pasto e o rebanho está seguindo cada vez mais para terras com preço mais barato. No Centro-Oeste os 90 dias de inverno e período de seca têm tornado difícil a pecuária de corte e leite. A expressiva queda da qualidade da pastagem e a erosão provocada pela degradação do solo têm provocado o exôdo do rebanho. ””””O gado está sendo conduzido para áreas com clima mais brando, saindo do Cerrado e chegando à Amazônia””””, diz.

Mais ventilação
A produção de frangos de corte também tem sido afetada. Há cinco anos um ventilador era suficiente para arejar o interior de um aviário com 3 mil animais. Hoje, para surtir o mesmo efeito, o mesmo aparelho supre um lote de mil aves.
"Cada vez mais o produtor precisa de investimentos em equipamentos para amenizar os efeitos do calor", destaca o veterinário Renato Klu, gerente de Produção da Avícola Paulista, de Amparo (SP), que produz frangos de corte. Além disso, garante ele, para resfriar o ambiente, o sistema é acionado mais cedo e mais vezes.
Entretanto, conforme Klu, só o ventilador tem sido insuficiente para chegar à temperatura ideal para as aves. "O impacto disso é o aumento de custos", comenta o gerente, lembrando da conta de energia elétrica e água. A Avícola Paulista mantém 1,5 milhão de aves, em regime de integração com granjeiros em Amparo. O município, grande produtor avícola, tem cerca de 5 milhões de aves de corte.
No Sítio Cachoeira, bairro dos Rosas, em uma única instalação são criados 30 mil frangos de corte, abatidos aos 44 dias. O galpão foi montado há seis meses e é o mais moderno do mercado, garante Klu. "Sua concepção permite manter a temperatura interior em 18 graus", diz.
As laterais da construção são fechadas com cortinas de lona plastificada com duas fases: prateada por fora e escura por dentro. Uma mureta de alvenaria e colunas de ferro dão a sustentação às paredes. A cobertura é de telha. No teto ficam micronebulizadores. Em uma das extremidades do aviário estão os exaustores, que são responsáveis pela troca do ar quente pelo ar frio.
Na outra extremidade fica a parede com tijolo vazado, que é umedecida antes de ligar os exaustores. O sistema é acionado automaticamente quando os sensores acusam o aumento da temperatura interior. O exaustor ””””puxa”””” para fora o ar quente. O custo de instalação de uma estrutura com 150 metros de comprimento por 14 metros de largura foi de R$ 250 mil. Um aviário comum com o mesmo tamanho e com o mínimo de equipamentos custaria em torno de R$ 150 mil, calcula o gerente.