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Pesquisa de Wageningen aponta impacto limitado do acordo UE-Mercosul para agricultores holandeses

Entenda como a pesquisa de Wageningen aponta impacto limitado do acordo UE-Mercosul para agricultores na Holanda e seus efeitos econômicos

Pesquisa de Wageningen aponta impacto limitado do acordo UE-Mercosul para agricultores holandeses

Agricultores e organizações não governamentais protestaram no Parlamento Europeu, em Bruxelas, contra o acordo comercial UE-Mercosul, temendo consequências negativas para a agricultura europeia. Contudo, uma pesquisa da Universidade e Pesquisa de Wageningen (WUR) indica que o impacto sobre os agricultores holandeses será limitado.

Siemen van Berkum, da Wageningen Economic Research, afirmou que as variações de preços resultantes do aumento da importação de produtos agrícolas sul-americanos serão “particularmente baixas”, com exceção do setor de carne bovina. Ele estima que, até 2040, o efeito negativo sobre a renda dos produtores de vitela será, em média, de €590, para os produtores de ovos, €530, e para os pecuaristas, €420, em comparação com um cenário sem o acordo.

O estudo destaca que o impacto mais significativo ocorrerá na indústria de processamento de carne bovina, com uma expectativa de redução de 15,6% no valor da produção. No entanto, o impacto no setor primário de gado será pequeno, pois a pecuária holandesa se concentra na produção de leite, e a Holanda possui poucas empresas especializadas em processamento de carne bovina.

O acordo comercial inclui cotas de importação com tarifa zero para diversos produtos agrícolas, como carne bovina, carne de aves, carne suína, etanol, arroz, mel, milho e laticínios.

A WUR conclui que a Holanda e a Europa são dependentes das relações comerciais internacionais, um cenário reforçado por eventos recentes como a guerra na Ucrânia e as disputas comerciais entre os EUA e o resto do mundo.