
O regime chinês anunciou nesta sexta-feira (26) a condenação do ex-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais, Tang Renjian, à pena de morte por corrupção. A execução, contudo, foi suspensa por dois anos, um mecanismo frequentemente utilizado na China que permite que a pena seja revertida para prisão perpétua em caso de colaboração com a Justiça.
Segundo informações da agência estatal Xinhua, Renjian admitiu os crimes, colaborou na recuperação dos valores desviados e manifestou arrependimento. Ele também perdeu de forma vitalícia os direitos políticos e teve todos os seus bens confiscados.
A sentença do Tribunal Popular Intermediário de Changchun revelou que o ex-ministro usou os cargos que ocupou entre 2007 e 2024 para favorecer empresas em contratos, aprovações e investimentos, recebendo em troca mais de 268 milhões de yuans (cerca de R$ 201 milhões). Após a decisão, Renjian afirmou aceitar o veredito e não irá recorrer.
A condenação de Tang Renjian integra a campanha anticorrupção lançada em 2012 pelo presidente Xi Jinping. Conhecida como política contra “tigres e moscas”, a iniciativa busca punir autoridades de alto escalão e quadros da base envolvidos em desvios. Xi Jinping tem reforçado que a corrupção representa a “maior ameaça” ao Partido Comunista e defende a aplicação das “oito regras” de austeridade.
O caso de Renjian se soma a outras condenações notórias, como a de Zhou Yongkang, ex-chefe de segurança interna, condenado à prisão perpétua em 2015.
Referência: Infomoney/ O Globo