
Os preços dos grãos negociados na bolsa de Chicago registraram uma guinada no fechamento desta quarta-feira (1º). As cotações, que operavam em baixa pouco antes do término do pregão, reverteram o sinal após o presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizar que pode negociar um acordo comercial com a China.
A alta dos grãos foi puxada pela soja. Os contratos para novembro avançaram 1,12%, fechando a US$ 10,13 o bushel. A oleaginosa ganhou força depois que Trump anunciou em sua rede social que se encontrará com o presidente da China, Xi Jinping. “Vou me encontrar com o presidente Xi, da China, em quatro semanas, e a soja será um dos principais tópicos de discussão”, escreveu Trump, mencionando que os produtores de soja do país estão sendo prejudicados pela falta de compras chinesas.
Ênio Fernandes, analista da Terra Agronegócios, destacou que a China não direciona sua demanda por soja aos EUA desde maio. Ele alertou, no entanto, que em algum momento a China teria que voltar a negociar com os americanos, uma vez que “o Brasil vendeu boa parte da produção e a Argentina aproveitou a suspensão das retenciones para fazer negociar tudo o que pode”.
O milho seguiu a soja e avançou na bolsa de Chicago. O contrato com entrega para dezembro registrou alta de 0,24% hoje, para US$ 4,1650 por bushel.
O trigo também se valorizou, acompanhando a movimentação da soja. Os contratos para dezembro subiram 0,25%, fechando a US$ 5,0925 o bushel.