Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,46 / kg
Soja - Indicador PRR$ 135,41 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,31 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,73 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,79 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,22 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 125,96 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,57 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,41 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 119,19 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 133,13 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,11 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.185,08 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.023,45 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 135,86 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 128,84 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 149,36 / cx

Grãos

Plano Safra 2025/26: Governo busca soluções para desafios de financiamento em meio à alta dos juros

Plano Safra 2025/26: Governo busca soluções para desafios de financiamento em meio à alta dos juros

Técnicos do governo federal que trabalham na elaboração do Plano Safra 2025/26 enfrentam dificuldades para definir o modelo ideal para o principal programa de crédito rural do país. A escalada dos juros e o aperto fiscal da União impõem desafios complexos para o financiamento da próxima safra.

Orçamento “quase estourado”:

O orçamento reservado para a equalização das taxas do crédito rural em 2025 já estaria “quase estourado”, segundo avaliações. A alta da Selic eleva os gastos com a subvenção, impactando negativamente as projeções iniciais. Para manter o mesmo patamar de juros e oferta de recursos equalizados, o governo precisará aumentar o orçamento para a subvenção, o que é dificultado pelo aperto fiscal.

Cálculos complexos:

A formulação do Plano Safra envolve diversos cálculos. Para evitar o aumento dos juros, o governo poderia reduzir o volume de recursos equalizados, o que impactaria negativamente a oferta de crédito para os produtores. Mesmo com essa medida, a ampliação do orçamento para a subvenção pode ser inevitável, dada a diferença entre os custos de captação dos bancos e a Selic, que pode ultrapassar 15% ainda este ano.

Crédito privado em destaque:

Diante desse cenário, o Ministério da Agricultura já sinalizou que o crédito privado terá um papel ainda mais importante no próximo Plano Safra. A pasta enviou um ofício a entidades do setor produtivo solicitando sugestões para a formulação do plano, com foco na ampliação da disponibilidade de recursos provenientes do mercado privado.

Desafios adicionais:

O governo também enfrenta desafios como a possível redução na disponibilidade de recursos de fontes controladas, como depósitos à vista e poupança, devido à alta da Selic. Alterações na política monetária podem contribuir para melhorar esse cenário.

Pressão política e fontes alternativas:

O mercado avalia que a demanda por crédito não deve crescer tanto no próximo ciclo, devido ao alívio nos custos de insumos e a uma possível desaceleração na expansão de área. No entanto, há pressão política para anunciar um Plano Safra com montante recorde, o que pode gerar dificuldades para o governo.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, já apresentou ao presidente Lula a necessidade de encontrar novas fontes de financiamento sem onerar o Tesouro Nacional. A atenção se volta para a ampliação do acesso aos fundos constitucionais, ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e ao Fundo Social.

Queda no crédito rural:

De julho de 2024 a janeiro de 2025, o crédito rural concedido nas linhas tradicionais do Plano Safra foi quase 20% menor em comparação com o mesmo período da temporada anterior. Essa queda é parcialmente compensada pelo financiamento via Cédulas de Produto Rural (CPRs), que somaram R$ 243,77 bilhões no período.

Perspectivas:

O Plano Safra 2025/26 apresenta desafios significativos para o governo, que precisa encontrar soluções criativas para garantir o acesso ao crédito rural em meio à alta dos juros e ao aperto fiscal. A aposta no crédito privado e em fontes alternativas de financiamento é uma das estratégias em estudo, mas ainda é preciso definir o modelo ideal para o programa.