
Os preços do trigo subiram na bolsa de Chicago nesta segunda-feira (2/6), com os contratos para julho fechando em alta de 0,94%, negociados a US$ 5,39 o bushel. Esse movimento foi influenciado por um ataque recente da Rússia, um dos maiores produtores globais, sobre a Ucrânia, o que gerou preocupações geopolíticas no mercado. Além disso, as más condições do trigo de primavera cultivado no norte das Grandes Planícies dos EUA e a previsão de umidade excessiva que pode atrasar a colheita das variedades de inverno, contribuíram para a valorização. A T&F Consultoria Agroeconômica destaca que o aumento das exportações americanas do cereal também corrobora a expectativa de redução nos estoques finais dos EUA para 2025/2026.
Em contraste, o milho reverteu o sinal de alta e se desvalorizou na bolsa de Chicago, com os papéis para julho caindo 1,30%, cotados a US$ 4,3825 o bushel. Apesar de um ensaio de recuperação após a baixa de 8% registrada em maio, o plantio americano está praticamente finalizado e, sem problemas climáticos significativos, cresce a expectativa de uma safra recorde no país.
A sessão também foi negativa para os preços da soja. Os lotes com vencimento em julho fecharam em queda de 0,79%, cotados a US$ 10,3350 o bushel. A desvalorização da soja nesta segunda-feira reflete a tensão que volta a se agravar na relação entre Estados Unidos e China. A China negou as acusações de Donald Trump sobre a violação de um acordo que permitiu a redução de tarifas, com um porta-voz do Ministério do Comércio chinês afirmando, pelo contrário, que são os EUA que estão violando o acordo de Genebra. Em meio às discussões geopolíticas, o andamento do plantio da safra americana também é um fator negativo para as cotações. Apesar das tensões, a China sinalizou que grande parte da demanda por soja seria naturalmente atendida pelo Brasil, o maior exportador mundial do grão, com a China tendo dobrado a demanda pela soja brasileira desde o início de abril.











