
Os contratos futuros de soja com vencimento em novembro abriram em alta de 0,34%, cotados a US$ 10,3825 por bushel nesta quinta-feira (23/10) na Bolsa de Chicago. O movimento reflete a expectativa do mercado pelas negociações entre Estados Unidos e China, que terão início amanhã, na Malásia, com delegações lideradas pelo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, e pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng.
A valorização da soja também é impulsionada pela forte alta do petróleo e pela redução na previsão global de colheita. O Conselho Internacional de Grãos (IGC) reduziu sua estimativa para a colheita global de soja em 1 milhão de toneladas, para 428 milhões.
O milho, por sua vez, é negociado em leve queda, com os contratos para dezembro recuando 0,24%, a US$ 4,22 por bushel. A pressão vem do avanço de uma colheita recorde nos EUA e do clima seco no Meio-Oeste. A retração, no entanto, é limitada pela resistência dos produtores em vender, diante de preços considerados pouco atrativos. O IGC manteve a projeção global de produção de milho em 1,297 bilhão de toneladas.
No mercado de trigo, as cotações também operam em baixa. Os papéis para dezembro caem 0,15%, a US$ 5,03 por bushel. A queda é atribuída à ampla oferta mundial, ao início da colheita no hemisfério Sul e à força do dólar frente ao euro. O IGC elevou sua estimativa para a safra global em 8 milhões de toneladas, para 827 milhões.
O consultor de mercado Pablo Maluenda avalia que é improvável que a cotação do trigo cresça significativamente, dado o baixo preço do milho e da soja. Diante desse cenário de incertezas, os compradores optam por aquisições pontuais, aguardando maior previsibilidade nas cotações.











