
Os contratos futuros de grãos abriram em alta nesta quinta-feira (24/7) na Bolsa de Chicago. Após três sessões consecutivas de queda, a soja e o milho registraram valorização, enquanto o trigo também subiu, impulsionado por diferentes fatores de mercado.
Soja
Os contratos futuros de soja com vencimento em agosto registraram valorização de 0,5%, negociados a US$ 10,1075 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que as exportações semanais de soja americana somaram 360,7 mil toneladas na semana encerrada em 17 de julho, um aumento de 31% em relação ao período anterior. No entanto, as vendas líquidas recuaram 41% na comparação semanal e 59% frente à média das últimas quatro semanas. A China, até o momento, segue sem demonstrar interesse pela nova safra americana, com os principais destinos da soja exportada sendo Holanda, México, Egito, Japão e Indonésia. As previsões climáticas para os próximos dias indicam chuvas entre o normal e ligeiramente abaixo da média nas principais regiões produtoras de soja e milho dos EUA.
Milho
Os contratos de milho para setembro avançaram 0,94%, cotados a US$ 4,0225 por bushel. Essa alta reflete um movimento técnico, após o grão operar próximo às mínimas recentes. Na última semana, as exportações de milho totalizaram 1 milhão de toneladas, uma queda de 13% em relação à semana anterior e de 27% em relação à média das quatro semanas anteriores. As vendas líquidas recuaram 2% no mesmo período.
A consultoria Granar destacou que o acordo comercial anunciado pela Casa Branca com o Japão ficou abaixo das expectativas do setor agroexportador, com o volume previsto inferior ao registrado no comércio de 2024. A recuperação dos preços do milho também encontra resistência no bom estado das lavouras nos EUA e na intensificação da entrada do milho da safrinha brasileira no mercado.
Trigo
Já os contratos de trigo para setembro apresentaram alta de 0,37%, a US$ 5,4250 por bushel. Conforme a consultoria, os preços são apoiados por duas frentes climáticas: a necessidade de mais chuvas para a safra de primavera no norte dos EUA e as chuvas intensas no Kansas, que coincidem com a fase final da colheita de inverno. Entre os fatores de sustentação, destacam-se ainda o ritmo mais lento das exportações por parte da União Europeia e dos países da região do Mar Negro. As exportações de trigo dos EUA subiram 76% na semana analisada, ficando 80% acima da média, com a Nigéria liderando entre os destinos. As vendas líquidas para a safra 2025/26 cresceram 44%.











