Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,27 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,24 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,51 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,82 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,45 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,60 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 129,10 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,99 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 139,58 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 131,70 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.184,42 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.029,54 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 133,45 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 124,25 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 122,74 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,37 / cx

Comentário

Consumo de madeira da Amazônia - por Ricardo Ernesto

Apesar das campanhas de ONGs locais e internacionais e das ações do governo federal, continua o desmatamento da floresta amazônica. Segundo dados monitorados e divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), nos últimos sete anos foram derrubados cerca de 41 mil km² de floresta; uma área equivalente ao território da Suíça.

Consumo de madeira da Amazônia - por Ricardo Ernesto

Apesar das campanhas de ONGs locais e internacionais e das ações do governo federal, continua o desmatamento da floresta amazônica. Segundo dados monitorados e divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), nos últimos sete anos foram derrubados cerca de 41 mil km² de floresta; uma área equivalente ao território da Suíça.

Questões fundiárias, avanço da cultura da soja e da criação de gado, garimpagem ilegal e a exploração da madeira, são as atividades econômicas que mais contribuem para o corte da vegetação original. No caso da posse da terra e de seu uso, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), mesmo com ritmo de implantação lento, deverá indicar aos ministérios e outras agência a destinação que está sendo dada à terra da região. Por outro lado, os diversos acordos firmados entre produtores de soja e de carne e as grandes cadeias de supermercados, também vem contribuindo para reduzir o desmatamento na região. A extração de madeira e o garimpo de ouro, quando executados de forma ilegal, são atividades cujo controle ainda é relativamente difícil, já que a cadeia de comercialização destes produtos ainda é relativamente difícil de rastrear.

A Amazônia Legal é a principal fornecedora de madeira tropical do mundo. Da madeira extraída na região, segundo dados do Sindicato da Habitação (SECOVI), entre 43% e 80% são obtidos de forma ilegal. Ainda segundo a mesma associação, 14% da madeira cortada são destinados à exportação e 86% são direcionados ao mercado interno. Destes, 20% são vendidos no estado de São Paulo. Os usos da madeira de origem florestal são os mais variados. Segundo Hamilton Leite, vice-presidente de sustentabilidade do SECOVI, 42% das madeiras usadas nos telhados das construções – vigas, pontaletes, caibros e ripas – têm origem na Amazônia. Andaimes, formas e escoramento para estruturas de concreto consomem 28%; pisos e esquadrias 11%; móveis de madeira, 15%. 

Para tentar controlar a origem desta madeira, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, emite licença obrigatória para o transporte de produtos e subprodutos florestais, o Documento de Origem Floresta (DOF). No entanto, mesmo dispondo de um DOF, não é possível garantir que a madeira atenda a todos os requisitos legais e aos padrões de sustentabilidade. Compreende-se assim, o quanto é difícil determinar se a madeira oferecida no mercado tem ou não origem legal.

No entanto, a madeira pode dispor de uma certificação de entidade independente, como o Forest Stewardship Council (FSC), o Conselho de Manejo Florestal, ou do Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor). Tais entidades garantem que o processamento da madeira em todas as etapas – da extração ao produto final – foi realizado de modo sustentável, conciliando critérios ecológicos e sociais e tendo origem em manejo florestal adequado.

O consumidor pode desempenhar um grande papel na preservação da floresta amazônica, optando por comprar produtos feitos a partir de madeira certificada. Somente através da pressão econômica, a exemplo do que ocorreu na cadeia de comercialização da soja e da carne, será possível dificultar a exploração ilegal desta madeira; atividade que contribui para o desmatamento da Amazônia. Diferentemente do que se pensa, o grande consumidor da madeira ilegal é o mercado interno.  

(*) Consultor, jornalista e autor, com especialização em gestão ambiental e sociologia. Graduado e pós-graduado em filosofia. Desde 1992 atua nos setores de meio ambiente e energia na área de marketing de tecnologias, trabalhando para instituições internacionais. Atualmente é consultor em inteligência de mercado no setor de sustentabilidade. É editor dos blogues “Da natureza e da cultura” (www.danaturezaedacultura.blogspot.com) e “Considerações oportunas” (www.consideracoes-oportunas.com.br). Seu site profissional é: www.ricardorose.com.br