
A avicultura de corte do Canadá alcançou novos marcos em eficiência produtiva e responsabilidade ambiental. Uma Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) atualizada, conduzida pelo Groupe AGÉCO a pedido da Associação de Produtores de Frango do Canadá (CFC), revelou que o setor reduziu sua pegada de carbono em 6% entre os anos de 2016 e 2023. O estudo mensurou as emissões de gases de efeito estufa, o uso de recursos hídricos e outros indicadores ambientais desde a granja até o processamento final.
Os dados apontam que a emissão de CO₂ equivalente por quilograma de frango eviscerado caiu de 2,3 kg em 2016 para 2,2 kg em 2023. Esse avanço está intrinsecamente ligado a ganhos zootécnicos: no mesmo período, houve uma melhora de 6% na taxa de conversão alimentar, indicando que as aves estão transformando a ração em proteína de forma mais eficiente. Além disso, a pegada de carbono da própria nutrição animal (feed) recuou aproximadamente 10%, enquanto o uso de água por quilo produzido manteve-se estável, demonstrando uma gestão racional dos recursos.
Apesar de a produção de frango representar apenas 0,4% das emissões totais de gases de efeito estufa do Canadá, o setor mantém uma agenda proativa de investimentos. Para os próximos cinco anos, os produtores planejam modernizar as instalações com foco em ventilação, isolamento térmico reforçado e tecnologias inteligentes de ambiência. “Esta avaliação mostra que, embora o frango já seja uma das proteínas animais com menor emissão de carbono, nosso setor continua buscando maneiras de reduzir ainda mais as emissões”, afirmou Tim Klompmaker, presidente da CFC, reforçando o compromisso da cadeia com a melhoria contínua e a transparência baseada em dados.
Referência: Watt Poultry












