
A Europa enfrenta um cenário crítico de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) que deve se estender até o final do inverno, segundo relatório conjunto da EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos), ECDC e EURL. Entre setembro e novembro de 2025, o continente registrou uma explosão de casos: foram 442 surtos em granjas comerciais e 2.454 em aves selvagens espalhados por 29 países.
O relatório destaca que a incidência em aves selvagens atingiu o nível mais alto para este período desde 2016. A disseminação é impulsionada por uma nova variante do genótipo H5N1, que encontrou populações com baixa imunidade ou demonstrou maior transmissibilidade. Aves aquáticas (patos, gansos, cisnes) e grous-comuns foram os mais afetados, servindo como vetor principal para a infecção de granjas através do contato indireto.
Nas criações comerciais, os perus sofreram o maior impacto, mas o relatório traz um dado preocupante: houve aumento nas detecções entre patos vacinados, sinalizando desafios adicionais para o controle da doença. Especialistas recomendam enfaticamente que as aves domésticas sejam mantidas confinadas (alojadas) em áreas de circulação do vírus e que a biosseguridade seja reforçada.
Outro ponto de atenção levantado pelas autoridades sanitárias é a expansão do contágio para além das aves, com um aumento notável nas detecções entre mamíferos carnívoros. O relatório associa a persistência e a disseminação do vírus a fatores ambientais específicos, como a umidade e a pressão viral vinda de ambientes externos altamente contaminados. Apesar da circulação intensa entre diferentes espécies animais, a EFSA reitera que o risco de infecção para a população humana em geral permanece baixo.
Referência: Poultry World











