O compromisso da JBS de atingir emissões líquidas zero até 2040, como parte de sua campanha JBS Net Zero 2040, representa uma iniciativa ambiciosa no setor de produção de carne. A empresa busca zerar suas emissões de gases de efeito estufa, tanto diretas quanto indiretas, e compensar qualquer emissão residual. O foco está em medidas como aumento do uso de energias renováveis, investimento em tecnologias para redução de emissões e práticas agrícolas sustentáveis em sua cadeia de fornecimento.
Essa iniciativa, no entanto, gerou controvérsias, especialmente após críticas da procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que acusou a JBS de “mentir” ao consumidor sobre suas práticas de sustentabilidade, alegando que a empresa continua contribuindo para o desmatamento na Amazônia e outras práticas prejudiciais ao meio ambiente.
A busca por emissões líquidas zero na produção de carne é desafiadora, dado o impacto ambiental associado à pecuária, como desmatamento, emissões de metano e uso intensivo de recursos. O setor agropecuário está cada vez mais sob escrutínio devido às preocupações ambientais, e as empresas enfrentam pressão para adotar práticas mais sustentáveis e transparentes. O sucesso da JBS em cumprir suas metas será observado de perto pela comunidade global interessada na sustentabilidade do setor de alimentos.]
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, acusa a JBS de “mentir sobre suas metas de emissão de gases de efeito estufa para aumentar as vendas entre os consumidores ambientalmente conscientes”. Ela pediu à Justiça que a JBS-USA encerre sua campanha “Net Zero by 2040”. A procuradora afirma que a JBS não tem um plano viável para cumprir seu compromisso de zerar as emissões líquidas até 2040 e que a empresa fez declarações falsas sobre suas promessas de conter o desmatamento e reduzir as emissões. O processo destaca que a produção de carne é responsável por uma grande quantidade de emissões de gases de efeito estufa, e a agropecuária representa 14,5% de todas as emissões anuais globais.
A JBS, por sua vez, afirma que fornecerá um plano de ação sustentado pela Science Based Targets Initiative (SBTI), um conjunto de metas científicas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A empresa discorda das medidas tomadas pela Procuradoria Geral de Nova York e reitera seu compromisso com um futuro mais sustentável para a agricultura.
Essa disputa legal coloca em destaque as tensões crescentes entre as empresas do setor agropecuário e os órgãos reguladores em relação a práticas sustentáveis e publicidade. A busca por metas ambientais em uma indústria historicamente associada a impactos ambientais consideráveis gera controvérsias e levanta questões sobre a transparência e a eficácia desses compromissos. O desdobramento do caso pode influenciar a forma como outras empresas abordam suas promessas de sustentabilidade no setor agropecuário.