
Acontece entre os dias 14 a 18, das 9h às 17h, o treinamento “Análise de expressão diferencial de genes aplicada à aquicultura”. A capacitação ocorre no auditório e é voltada aos membros do AquaGenômica. É o segundo evento do projeto, que em fevereiro promoveu um treinamento sobre conservação de gametas e células primordiais em peixes amazônicos.
Desta vez, o objetivo do curso é estudar, do ponto de vista da bioinformática, análises dos genes de importância econômica para a aquicultura. “São estudos de expressão gênica utilizando novas tecnologias, novas ferramentas. Esse treinamento vai subsidiar a equipe a executar os ensaios previstos na pesquisa”, explica Eduardo Varela, líder do projeto.
A capacitação está sendo conduzida pelo oceanógrafo Vito Antonio Mastrochirico Filho, bolsista do projeto que coordena toda a parte de bioinformática do AquaGenômica. “É importante que os membros do projeto, incluindo os pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), tenham imersão sobre esse tema, que também contará com aulas práticas”, destaca Filho.
Embora a aquicultura mundial esteja em franco crescimento, com uma produção total de 184 milhões de toneladas segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Brasil ainda precisa avançar muito no pacote de tecnológico para peixes nativos. “A aquicultura tem crescido de 3 a 6% ao ano. É o setor alimentício com o mais rápido crescimento no mundo e com enorme potencial de expansão. Sua produção ultrapassou a pesca, que tradicionalmente era maior. No entanto, os peixes nativos brasileiros são de estoques selvagens, sem tratamento genético, que é essencial para o seu desenvolvimento”, destaca Filho.
Segundo o pesquisador, a falta de pacotes tecnológicos na aquicultura provoca baixa produtividade, enfermidades, baixa qualidade da água, alimentação deficiente, impactos econômicos, sociais e ambientais. “Nesse contexto, o conhecimento da expressão gênica é fundamental para o aumento da produtividade, pois promoverá maior resistência a enfermidades, crescimento mais rápido e maior qualidade da carne”, enumera.










