Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,71 / kg
Soja - Indicador PRR$ 134,62 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 141,05 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,79 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,22 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,18 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,70 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,41 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,80 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 132,12 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,53 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.036,21 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 135,86 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 128,01 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 149,36 / cx

Produção

Aquicultura no Lago de Itaipu avança com aval do Senado do Paraguai e projeta polo global de tilápia

O Senado do Paraguai aprova projeto para aquicultura no Lago de Itaipu, impulsionando a produção de tilápia na região

Aquicultura no Lago de Itaipu avança com aval do Senado do Paraguai e projeta polo global de tilápia

O Senado do Paraguai aprovou, na última quarta-feira (10), um projeto de lei que normatiza a emissão de licenças ambientais para o cultivo de espécies não nativas em rios e lagos do país. A matéria segue agora para sanção do presidente Santiago Peña e é considerada um marco para o desenvolvimento da aquicultura na região do Lago de Itaipu, reservatório compartilhado com o Brasil.

A nova legislação atende principalmente aos aquicultores instalados no entorno do lago e abre caminho para a produção comercial de tilápia nas águas do reservatório. Com a decisão, a Itaipu Binacional poderá avançar na liberação de projetos produtivos em tanques-rede, modelo já testado em iniciativas-piloto que comprovaram a viabilidade econômica da atividade.

Em nota, a Itaipu destacou que “a nova lei permitirá que Brasil e Paraguai avancem, de forma coordenada, na regulamentação internacional da atividade aquícola no lago”, reforçando a importância de um marco legal alinhado entre os dois países. Dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) indicam que o potencial produtivo do reservatório pode chegar a 400 mil toneladas de pescado por ano, colocando Itaipu em posição estratégica no cenário global da aquicultura.

A projeção da ANA aponta ainda para um impacto econômico expressivo, com possibilidade de geração de até R$ 2 bilhões anuais e criação de cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos ao longo da cadeia do pescado. A tilápia, espécie de origem africana e de alto valor comercial, concentra o maior interesse dos projetos previstos para a região.

O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, ressaltou que a empresa continuará apoiando tecnicamente os empreendimentos. Segundo ele, a Itaipu seguirá contribuindo com informações técnicas e com o monitoramento necessário para garantir o cumprimento rigoroso das normas ambientais. Em 2024, a usina e o Ministério da Pesca e Aquicultura já haviam firmado um acordo de cooperação técnica voltado à estruturação de ações de pesca e aquicultura sustentável, incluindo estudos, capacitação e apoio ao ordenamento produtivo.

A aprovação da lei encerra um impasse histórico que, por décadas, limitou o aproveitamento econômico do lado paraguaio do reservatório. A expectativa, agora, é pela formalização de um acordo binacional que permita a produção em larga escala, respeitando critérios ambientais, técnicos e econômicos. Especialistas do setor avaliam que, com a regulamentação adequada, o Paraguai poderá se consolidar entre os cinco maiores exportadores globais de tilápia.

Para lideranças que acompanham o tema há anos, a decisão representa a consolidação de um trabalho de longo prazo. O ex-ministro da Pesca e presidente do IFC Brasil, Altemir Gregolin, destaca que a liberação do cultivo no Lago de Itaipu reforça o potencial do reservatório como referência internacional em aquicultura sustentável, fortalecendo a integração regional e ampliando o protagonismo da América do Sul no mercado global de pescado.

Com a nova legislação e o avanço das tratativas entre Brasil e Paraguai, o Lago de Itaipu passa a ser visto como um dos maiores polos de produção de tilápia do mundo, inaugurando um novo ciclo de oportunidades econômicas, geração de renda e desenvolvimento sustentável para a região.

Referência: Senado do Paraguai/H20FOZ