Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,42 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,10 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,94 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,31 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,29 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 127,12 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,72 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,32 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.041,80 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 125,76 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 123,01 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 121,24 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,37 / cx

Geral

Venda de cordeiro em alta

Preço ao consumidor subiu cerca de 50% em relação às festas de Natal e Final de Ano de 2009. RS não dá conta de atender a atual demanda.

Produtores de cordeiro enfrentaram dificuldades em atender aos pedidos de fim de ano de restaurantes, supermercados, casas especializadas e empresas que promovem confraternizações. Maior produtor do país, o Rio Grande do Sul não dá conta de atender a atual demanda, acrescida de clientes de fora da região Sul. Com Uruguai exportando para países que remuneram melhor do que o Brasil, como Canadá e México, compradores do Rio de Janeiro e de São Paulo tentam se socorrer nos cordeiros gaúchos. A escassez de oferta pela saída de cena dos uruguaios é agravada pela mortalidade de ovinos recém-nascidos durante o inverno gaúcho, bastante rigoroso.

Bom para o ovinocultor, nada digestivo para o consumidor gaúcho, que está pagando até 50% mais do que no mesmo período de 2009, dependendo do corte levado para casa. A paleta, por exemplo, está na média de R$ 40 o quilo. Já o carré não sai por menos de R$ 48 o quilo. Não há estatísticas sobre a evolução das vendas no período que antecede às festas, mas se especula que a comercialização cresce em dez vezes durante o mês de dezembro. A carne está em rota ascendente há 15 anos, mas nos últimos cinco virou moda em eventos e jantares e começa a ganhar espaço fora dos restaurantes mais sofisticados. O presidente da Febrocarne, Wilson Ferreto, enfatiza, contudo, que o custo ainda é entrave à popularização. “Ela é uma carne ainda cara porque não tem escala, mas tende a se expandir”, opina Ferreto.

Nesta época do ano, também cresce o movimento nas propriedades rurais que fornecem diretamente ao consumidor final pelo preço de R$ 5 o quilo vivo. Os animais podem ser levados inteiros ou desossados e, habitualmente, são abatidos com até 10 meses e peso entre 35 e 40 quilos. A gordura não pode passar de 3 milímetros. “O cordeiro se caracteriza pela carne jovem, tenra e com pouca gordura”.

Cortes embalados à vácuo também tem muita saída nesta época do ano. Os preços variam de R$ 14 a R$ 22 o quilo, contra R$ 10 a R$ 18 do Natal passado, calcula o empresário Luis Carlos Nunes, que engorda e abate 5 mil cordeiros anualmente em Santana do Livramento. O produto é vendido no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Apesar de ser proprietário da fazenda, do frigorífico e de um comércio de carnes, o que configura uma produção horizontal e facilita o planejamento de estoque regulador, Nunes prefere não se arriscar com contratos de fornecimento. “O problema é que a produção não acompanha a demanda, muito pela falta de estrutura da cadeia produtiva”, lamenta o empresário gaúcho.