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Intercooperação, a alavanca para a continuidade do sucesso cooperativo - por Luiz Vicente Suzin

Intercooperação, a alavanca para a continuidade do sucesso cooperativo - por Luiz Vicente Suzin

 Há um crescente nível de especialização nas diferentes atividades profissionais e empresariais em volta da qual se organiza a dinâmica economia catarinense. Em boa parte dos setores operam empresas de natureza cooperativista, cumprindo múltiplos objetivos, como prestação de serviços, oferta de produtos duráveis e não-duráveis, criação de empregos, geração de renda, etc.

Há anos, as cooperativas permeiam os cenários social, cultural e econômico de Santa Catarina. Ao longo desse período, se tornaram empresas consolidadas, atuantes e vanguardistas. O cooperativismo catarinense passou a ser reconhecido pelo público e pelos organismos nacionais do setor como um dos melhores do Brasil.

Alguns números de dezembro de 2022, do último relatório de atividades, revelam essa pujança: as 250 cooperativas registradas na OCESC reúnem 3,9 milhões de cooperados e movimentam R$ 82,8 bilhões por ano nas mais diversas atividades econômicas. Se considerarmos que cada cooperado (associado) representa uma família, constataremos que mais da metade da população do estado está ligada ao cooperativismo.

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Fatores históricos ajudam a explicar este fenômeno. O primeiro deles é a vocação dos imigrantes para as diversas formas de associativismo, dos quais o cooperativismo é o mais expressivo e o que produz melhores resultados. Outro fator determinante é o modo de atuação em rede, aquilo que se convencionou chamar de intercooperação.

O sexto dos sete princípios do cooperativismo mundial preconiza a parceria, a ação conjunta, o relacionamento institucional, político e comercial entre as cooperativas. Esse princípio é necessário e estratégico na era da intensa especialização das atividades. As cooperativas procuram constituir múltiplas parcerias, de modo que cada uma se concentra em sua competência, e busca nas co-irmãs a complementariedade necessária para atingir os objetivos em comum.

O grau de intercooperação é um dos principais fatores existentes para traduzir com fidelidade o nível de desenvolvimento de um sistema cooperativista entre as sociedades que o constituem. A intercooperação estabelece um relacionamento horizontal das cooperativas singulares, mais profícuo que o relacionamento vertical que mantêm com as centrais, federações e confederações. Aqui se sobressai o sentido de rede, de verticalidade, de harmonia e integração da base operacional com as estruturas de fortalecimento e de planificação e defesa institucional do setor.

A OCESC estimula a cultura da integração, do cooperativismo como doutrina que pode e deve envolver todas as áreas da atividade humana, de forma a valorizar o trabalho, estimular a solidariedade, premiar a participação e recompensar o esforço individual focado no compromisso coletivo. Isso inclui educar os cooperados, encorajar os dirigentes sobre os benefícios da intercooperação e colocar em marcha ações que otimizem o uso das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais. Quanto mais intensa for a intercooperação, maiores serão as conquistas do sistema cooperativista e melhor cumpriremos a nossa a aspiração social.