Redação (15/05/06)- A adesão maciça das cooperativas, sindicatos rurais e entidades do agronegócio, ao lado de instituições da sociedade civil, assinalam o apoio generalizado ao ÚLTIMO GRITO DO CAMPO, o ato público que a Federação da Agricultura e Pecuária (Faesc) e a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) organizam para terça-feira, dia
As manifestações têm o objetivo de demonstrar à população as gravíssimas dificuldades pelas quais passa o agronegócio brasileiro. Em cada local estarão reunidos de
“O quadro é de intolerável queda de renda e empobrecimento geral”, resumiu o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo. Os produtores estão angustiados e querem demonstrar o seu descontentamento pela falta de sensibilidade do Governo Federal em resolver a grave crise pela qual atravessa a agropecuária e chamar a atenção da sociedade para a situação de desespero do campo.
Os coordenadores operacionais do ÚLTIMO GRITO DO CAMPO – Enori Barbieri, pela Faesc e Décio Sonaglio, pela Ocesc – esperam contar com o apoio da indústria, do comércio dos prestadores de serviços e da população de modo geral. Os efeitos da crise na agropecuária atingem não apenas o campo, mas todos os setores da economia e da sociedade.
“A questão crucial está na falta de renda em função da queda generalizada de preços e de sucessivas secas que deram grande prejuízo aos produtores. Somada a isto, a política cambial, que em curto prazo é muito boa para o consumidor, mas um desastre para a agropecuária e para o setor exportador em geral”, expõem Barbieri e Sonaglio.
Citam, como exemplos, produtos de grande importância para a agropecuária catarinense, comparando os preços recebidos pelos produtores em maio de 2004 com maio os de 2006: o preço do milho caiu 37,5% de R$ 20,00 para R$12,50 a saca; a soja caiu 53% e passou de R$ 48,00 para R$
Na área animal, de maio de 2005 para maio de 2006, o preço do suíno passou de R$ 2,07 para R$ 1,50/kg (queda de 27,5%); o preço do leite passou de R$ 0,52 para R$ 0,42/litro (queda de 19%); o preço do boi passou de R$ 2,00 para R$1, 60 (queda de 20%).











