Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,71 / kg
Soja - Indicador PRR$ 134,62 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 141,05 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,79 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,22 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,31 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,28 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,18 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 130,02 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 138,70 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 140,41 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,80 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 132,12 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,53 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.036,21 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 135,86 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 128,01 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 124,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 149,36 / cx

Agroindústrias

Reoneração da folha terá impacto de mais de R$ 1 bilhão, diz ABPA

Representantes de frigoríficos defendem derrubada do veto do presidente Bolsonaro

Reoneração da folha terá impacto de mais de R$ 1 bilhão, diz ABPA

A reoneração da folha de pagamento pode gerar custos adicionais superiores a R$ 1 bilhão na indústria de aves e suínos do Brasil e minar a competitividade no mercado internacional, disse Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa a indústria de frango e suínos.

Para Santin, o veto do presidente da República, Jair Bolsonaro, à prorrogação do regime diferenciado de tributação até o fim de 2021 atrapalha planos de investimentos e fará o setor, que gera 500 mil empregos diretos, exportar impostos.

“Não tem como simplesmente falar em agregar um custo a partir de 2021. Vamos carregar esse custo direto no produto de exportação e vamos perder espaço”, lamentou o dirigente, que participou nesta quinta-feira (21) de um seminário virtual sobre o tema.

O presidente da ABPA acrescentou que as agroindústrias de aves e suínos, setores de mão-de-obra intensiva, geraram cerca de 20 mil empregos durante a pandemia e mantiveram a liderança mundial na exportação de frango. “O veto tem que ser derrubado [no Congresso] para manter a segurança jurídica e termos a possibilidade de gerar mais 15 a 20 mil empregos.”

Líder da bancada ruralista, o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), que também participou do seminário, disse que o veto será derrubado. “A reoneração da folha não passa, deve ser quase unanimidade isso”, garantiu o parlamentar.

A votação do veto ao texto que permite a prorrogação da desoneração, que expira no fim de 2020, foi adiada para o início de setembro a pedido do governo, que pretende apresentar propostas. A manobra gerou descontentamento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

“Estamos no meio de uma guerra. A desoneração da folha é urgente. Precisamos nos planejar para janeiro, saber se vamos investir, demitir, contratar”, queixou-se o presidente da Abimaq, José Velloso. Segundo ele, a reoneração pode causar entre 500 mil e 1 milhão de demissões de trabalhadores com carteira assinada nos 17 setores atendidos pela medida da desoneração.

“São menos pessoas consumindo, pagando impostos, contribuindo para a previdência social. Não faz sentido”, disse Vellso. A cadeia da indústria de máquinas emprega 1,3 milhão de pessoas direta e indiretamente.

Ex-ministro da Agricultura e presidente do conselho consultivo da ABPA, Francisco Turra disse que a política de desoneração, em vigor desde 2011, possibilitou a recuperação de vários frigoríficos que estavam fechados e impulsionou investimentos bilionários nas indústrias.

“A desoneração talvez seja uma reforma tributária já implementada. Muita gente está cuidando de investimentos futuros, imaginando que estamos e vamos permanecer no regime, pois já houve depuração e rendemos produzindo mais empregos”, disse Turra.

“Quando a lei foi feita, em 2011, o contexto era de desemprego e retomada e agora é o mesmo”, disse Grazielle Parenti, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) e diretora da BRF, defendendo a derrubada do veto.