
Se 2025 entrará para a história como um ano de ouro para a suinocultura brasileira, 2026 promete manter a barra elevada. Segundo projeções divulgadas pela consultoria Agrifatto, a produção nacional deve atingir um novo recorde de 5,72 milhões de toneladas no próximo ano, um crescimento de 1,3%.
O otimismo é sustentado por um tripé: demanda internacional aquecida (especialmente na Ásia), margens positivas ao produtor e, crucialmente, uma menor oferta de carne bovina no mercado interno devido à virada do ciclo pecuário, o que favorece o consumo da proteína suína concorrente.
O mapa da exportação mudou e se consolidou em 2025. As Filipinas assumiram o protagonismo, desbancando a China e absorvendo 25,1% de tudo o que o Brasil exportou (um salto de 42,9% no volume). Para 2026, a expectativa é que os embarques totais cresçam mais 3,8%, chegando a 1,51 milhão de toneladas.
No entanto, o produtor deve ficar atento aos preços: a consultoria prevê um teto de valorização. Para janeiro de 2026, espera-se um recuo sazonal de 3,3% na arroba, cotada a uma média de R$ 8,11/kg, reflexo de ajustes normais de início de ano.
O balanço final de 2025 revela a robustez do setor. O ano deve fechar com abate de 60,62 milhões de cabeças (+4,2%) e exportações de 1,45 milhão de toneladas (+9,5%), marcando o quarto ano seguido de alta. Financeiramente, o suinocultor sorriu: com custos de produção caindo 0,5% e o preço do vivo valorizando 5,4% no Sul, a margem média da atividade ficou em excelentes 31,7% — 7,5 pontos percentuais acima de 2024. O Brasil encerra o ano atendendo 127 mercados globais, provando sua competitividade sanitária e comercial.
Referência: Agro Estadão












