
Uma operação de fiscalização sanitária em Varginha (MG) resultou na apreensão de uma quantidade expressiva de proteína animal imprópria para venda. O Serviço de Inspeção Municipal (SIM) confiscou 400 kg de carne sem comprovação de origem durante vistorias realizadas em 12 estabelecimentos comerciais na última sexta-feira (19).
A ação foi desencadeada por denúncias específicas sobre a venda de leitoas abatidas de forma clandestina, visando atender à alta demanda das festas de fim de ano.
O cenário aponta para um gargalo na infraestrutura local: segundo a coordenação do SIM, a região carece de abatedouros autorizados para animais de pequeno porte, e as estruturas destinadas a bovinos não podem ser legalmente utilizadas para suínos jovens. Em consequência, os produtos apreendidos não apresentavam carimbos de inspeção oficial nem rotulagem, tornando impossível rastrear a procedência dos animais ou garantir que passaram por controle sanitário.
Amanda Marques, coordenadora do SIM, alertou para os múltiplos perigos dessa prática. Além do alto risco à saúde pública pela transmissão de doenças, o abate clandestino frequentemente envolve maus-tratos e métodos cruéis, desrespeitando as normas de bem-estar animal.
“O consumidor não sabe se o produto é realmente uma leitoa, se teve vacinação ou cuidado veterinário”, explicou. A orientação é clara: carnes fracionadas no açougue devem ter rotulagem que comprove sua origem em frigorífico regularizado.
Referência: G1











