Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,47 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,16 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,67 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,23 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,01 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 127,23 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,89 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,14 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,16 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,32 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 125,76 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 123,01 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 117,75 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 141,38 / cx

Sanidade

Influenza Aviária: Surtos superam temporada anterior e vírus evolui para novos nichos ecológicos

Conheça a situação da Influenza Aviária e como a evolução do vírus tem afetado regiões e economias ao redor do mundo

Influenza Aviária: Surtos superam temporada anterior e vírus evolui para novos nichos ecológicos

A atual temporada de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) apresenta um cenário complexo para a cadeia produtiva global. Apesar de governos e produtores estarem tecnicamente mais equipados para lidar com a crise, os dados mostram que o número de surtos registrados desde outubro já supera o volume do mesmo período da temporada anterior. Especialistas reunidos em um webinar global sobre doenças transfronteiriças alertaram que, embora o pico de contágio possa ter ficado para trás no hemisfério norte neste ano, o panorama geral “está longe de ser tranquilizador”.

O perfil epidemiológico da doença revela contrastes regionais importantes e novos perigos biológicos. Enquanto a Europa lidera em número absoluto de focos, as Américas sofrem o maior impacto econômico devido à mortalidade massiva em plantéis comerciais. A Agência Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) reforçou a preocupação com a transmissão para animais de estimação, recomendando rigor para evitar que cães e gatos tenham contato com aves mortas ou ração crua contaminada.

Diante da persistência do vírus, a mentalidade estratégica do setor produtivo está passando por uma transformação profunda. Na América Latina, medidas de biosseguridade antes vistas apenas como “custos operacionais” agora são tratadas como investimentos indispensáveis para a sobrevivência do negócio. Paralelamente, no Japão, onde a doença deixou de ser esporádica para se tornar um evento anual recorrente desde 2020, o governo instituiu grupos de trabalho para debater abertamente a implementação da vacinação como ferramenta de controle oficial.

O maior desafio para o futuro, contudo, reside na capacidade evolutiva do H5N1. O Instituto Pasteur, do Camboja, destacou que o vírus está ocupando nichos ecológicos inéditos, circulando não apenas entre aves domésticas e selvagens, mas adaptando-se cada vez mais a mamíferos terrestres e marinhos. Essa diversidade de genótipos em diferentes regiões mantém a ameaça ativa e imprevisível. A FAO encerrou as discussões com um aviso claro: a vigilância global precisa ser contínua e integrada, pois a “nova normalidade” da gripe aviária exige adaptação constante das defesas sanitárias.

Referência: Watt Poultry