
O cenário sanitário na avicultura europeia deteriorou-se rapidamente neste outono, com uma nova e agressiva onda de Influenza Aviária varrendo o continente. O vírus, impulsionado pelas rotas migratórias, não respeita fronteiras e já obrigou diversas nações a reativarem protocolos severos de confinamento para proteger os plantéis comerciais. Embora a Holanda tenha registrado oito focos em apenas trinta dias, o quadro nos países vizinhos revela uma crise de proporções ainda mais alarmantes, desafiando as autoridades sanitárias da União Europeia.
A Alemanha desponta como o epicentro atual do surto, contabilizando 66 ocorrências confirmadas nesta temporada. Um número que sofreu um salto dramático, quase duplicando no curto intervalo de uma semana no final de outubro. A pressão viral também é intensa no Reino Unido, que reportou uma escalada súbita com 12 surtos em granjas comerciais na última semana do mês passado. Na Bélgica, a vigilância detectou três novos focos desde o fim de outubro, sendo dois deles em instalações de produção comercial.
Diante do risco iminente, as medidas de biosseguridade foram endurecidas. A Irlanda decretou ordem de alojamento obrigatório (confinamento) após a confirmação do vírus em uma produção de perus. A França adotou medida similar, reagindo a múltiplos surtos em granjas e à notificação de mortalidade em massa entre grous selvagens. O mês de outubro é historicamente crítico devido ao fluxo de aves migratórias, mas a intensidade deste ano levou a Alemanha a emitir um alerta em nível europeu: diante da atual carga viral, a biosseguridade tradicional pode não ser mais suficiente para conter a propagação.
Referência: Poultry World











