Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,42 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,10 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,94 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,31 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,29 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 127,12 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,72 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,32 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.041,80 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 125,76 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 123,01 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 121,24 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,37 / cx

Sanidade

Risco no campo e na mesa: Salmonelose suína impulsiona imunização preventiva por impacto na saúde pública

Saiba como a salmonelose impacta a suinocultura e a importância da imunização preventiva para a saúde pública

Risco no campo e na mesa: Salmonelose suína impulsiona imunização preventiva por impacto na saúde pública

A salmonelose representa um desafio crítico para a suinocultura brasileira, afetando diretamente a produtividade das granjas e configurando um risco significativo para a saúde pública. Estudos recentes reforçam a eficácia da imunização preventiva em suínos, demonstrando que a vacinação reduz de forma expressiva a excreção fecal da bactéria e a positividade na fase de abate, fortalecendo o controle da doença e a segurança alimentar.

A relevância da doença é sublinhada por dados do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), que identificou que 7,15% dos frigoríficos sob inspeção federal estavam em não conformidade com os níveis detectados de Salmonella spp. Os sorovares mais prevalentes são a S. Typhimurium e a S. Choleraesuis, causando prejuízos econômicos consideráveis por suíno infectado, devido à perda de desempenho, aumento da mortalidade e custos com tratamentos.

Da Granja ao Consumidor: Sintomas e Risco Zoonótico

Nos animais, a infecção se manifesta primariamente por diarreia, desidratação, perda de peso e, nos casos mais graves, morte. Contudo, o grande desafio sanitário reside nos animais recuperados, que podem se tornar portadores assintomáticos, excretando a bactéria no ambiente e perpetuando o ciclo infeccioso na granja. Esse cenário exige ações integradas de biosseguridade, monitoramento constante e vacinação.

O impacto da salmonelose estende-se à saúde pública devido ao seu potencial zoonótico. A contaminação das carcaças durante o abate, geralmente por contato com fezes no momento da evisceração, favorece a transmissão da Salmonella ao consumidor por meio de alimentos contaminados. A presença desse patógeno é uma das principais causas de surtos de doenças gastrointestinais em humanos, podendo gerar quadros graves, especialmente em indivíduos imunossuprimidos.

Alerta: Resistência Antimicrobiana Agrava o Cenário

Um fator alarmante no controle da salmonelose é o crescente desenvolvimento de resistência bacteriana aos antimicrobianos. A administração frequente de fármacos via ração e água resulta em uma longa exposição das bactérias entéricas, incluindo a Salmonella, o que favorece o surgimento de cepas resistentes.

Considerando a abordagem de Saúde Única (que integra a saúde humana, animal e ambiental), a excreção dessas bactérias resistentes no ambiente e sua presença nos produtos de origem animal representam um risco adicional para a saúde pública, podendo levar à disseminação de resistência também em seres humanos.

Esse fenômeno compromete a eficácia terapêutica dos tratamentos. Estudos em granjas brasileiras já demonstram uma alta taxa de resistência a antibióticos de primeira escolha para muitas infecções, como amoxicilina, doxiciclina, florfenicol e tetraciclina.

Referência: boehringer ingelheim