
O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (28/10) uma resolução com o objetivo de pôr fim às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump ao Brasil. A votação resultou em 52 votos a 48, com cinco senadores republicanos, incluindo o ex-líder republicano Mitch McConnell, juntando-se aos democratas em uma rara repreensão bipartidária à política comercial do presidente.
O senador Mitch McConnell há muito critica a política comercial de Trump e afirmou que “As tarifas tornam mais caro construir e comprar nos Estados Unidos. Os prejuízos econômicos das guerras comerciais não são a exceção na história, mas a regra”.
A resolução visa revogar a declaração de emergência emitida pelo presidente para impor as tarifas brasileiras. O senador Tim Kaine, principal autor da resolução, argumentou que o uso da Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA) de 1977 pelo presidente não era apropriado. Kaine questionou como o processo brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro poderia ser considerado uma “emergência incomum e extrema que ameaça os Estados Unidos”, especialmente dado que os EUA têm superávit comercial com o Brasil.
O decreto de Trump que deu início às tarifas alegava que a perseguição, intimidação e processo contra o ex-presidente Bolsonaro e seus apoiadores eram “graves abusos dos direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil”.
Kaine reconheceu que a resolução não deve ser aprovada pela Câmara, onde os republicanos adicionaram uma medida que impede uma votação forçada sobre as tarifas. No entanto, o senador insistiu que a adoção de resoluções antitarifárias envia uma mensagem forte ao presidente. “Quando ele vê republicanos começando a votar contra suas políticas, mesmo em pequeno número, isso o impressiona e pode muitas vezes levá-lo a mudar de comportamento”, disse Kaine. Os senadores democratas também forçarão votações visando as tarifas sobre o Canadá e as tarifas globais de Trump.
Referência: CNN











