
O presidente da CNA, João Martins, participou, na quinta (21), do seminário “Cadeias de Produção de Proteínas – Combustível para o Mundo” realizado pela Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio).
O evento reuniu, no auditório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, parlamentares, representantes de entidades, especialistas, autoridades, presidentes de Federações estaduais e diretores do Sistema CNA/Senar.
Na abertura discursaram, além de João Martins, os deputados Flávio Nogueira (PT/PI), vice-presidente do Nordeste da FPBio, Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), presidente da Comissão de Transição Energética da Câmara, e Alceu Moreira (MDB), presidente da FPBio.
Discurso – Ao dar as boas-vindas aos participantes, João Martins falou da importância da Frente Parlamentar do Biodiesel trazer à “casa do produtor rural” um tema de grande relevância.
“A agropecuária brasileira tem a singular capacidade de produzir cada vez mais energia e alimentos, com mais eficiência, produtividade e sustentabilidade, sem comprometer a segurança alimentar”.
O presidente da CNA falou ainda da contribuição da agropecuária para a diversificação da matriz energética, gerando valor e empregos, e atuando de forma decisiva para os compromissos climáticos globais.
João Martins apresentou, no seu discurso, uma série de dados para mostrar essa contribuição do agro. Segundo ele, enquanto a média mundial de fontes renováveis não chega a 15% na matriz energética, o Brasil já alcança 50%, sendo que 33% são derivados de atividades agropecuárias.
O etanol de cana segue essencial, com mais de 28 bilhões de litros, e o etanol de milho, que deve alcançar 10 bilhões em breve, cresce em ritmo acelerado “abrindo novas oportunidades”.
A partir do etanol de milho, continuou Martins no discurso, “fabricamos de 4 a 5 milhões de toneladas de DDG, um insumo proteico estratégico para a nutrição animal. E o etanol brasileiro desponta, ainda, como matéria-prima para o combustível sustentável de aviação.”
Biodiesel – Na mesma direção, o biodiesel mostra a força da integração entre energia e proteína animal, com uma produção atual de cerca de 9 bilhões de litros. O processamento da soja, responsável por 70% dessa produção, gera óleo para o combustível e mais farelo para a produção de carnes, sustentando a liderança do país em aves, suínos e bovinos.
Proteínas – O presidente da CNA também afirmou que nos últimos 20 anos, a produção de carnes no Brasil cresceu 48%. Trouxe dados do aumento do consumo no país e do excedente exportável.
João Martins falou das granjas de aves e suínos que demonstram “elevado grau de eficiência”, e da pecuária de corte, onde investimentos em nutrição garantem mais produtividade, qualidade e sustentabilidade.
“A carne bovina produzida por nossos pecuaristas é a mais sustentável do planeta”.
Integração – Ao finalizar o discurso, João Martins afirmou que a integração do agro com a produção e consumo de combustíveis renováveis é estratégica para o Brasil e para o mundo.
“A CNA segue engajada ao lado do parlamento, do setor produtivo e da sociedade para continuar construindo um Brasil que esteja na vanguarda mundial em energia limpa e em alimentos de qualidade”, disse.











