
A indústria suína da China, que abriga metade dos suínos do mundo, enfrenta um excesso de oferta em meio à fraca demanda do consumidor. Para lidar com a situação e estabilizar os preços, o país está planejando reduzir o número de porcas reprodutoras em um milhão, o que equivale a cerca de 2% do rebanho.
Dados oficiais mostram que o rebanho de matrizes da China atingiu 40,43 milhões de cabeças no final de junho de 2025, superando o nível normal de 39 milhões. Os preços pagos por suínos de engorda caíram para menos de RMB 14 por quilo no início de agosto de 2025, em comparação com cerca de RMB 20 no ano anterior, segundo a consultoria MySteel.
A Associação Chinesa de Agricultura Animal (CAAA) comunicou que uma reunião da indústria suína chinesa está agendada para este mês, com o objetivo de definir como reduzir o rebanho reprodutor. A reunião também se concentrará em coibir a “engorda secundária” — uma prática especulativa que consiste em engordar suínos adicionalmente na expectativa de preços mais altos — e em reforçar os controles sobre os pesos de abate.
A notícia está em linha com relatórios anteriores do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China (MARA), que já havia afirmado que o país reduziria o estoque de matrizes, controlaria o peso dos abates e limitaria a nova capacidade de produção. Espera-se que esses esforços também resultem na redução do consumo de farelo de soja, o que é uma medida estratégica para a China, que enfrenta tensões comerciais com os Estados Unidos e preocupações com possíveis interrupções no fornecimento de soja.
Referência: Pig Progress