Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,42 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,10 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,94 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,86 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,25 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,31 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,29 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 127,12 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,72 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,09 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,32 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.041,80 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 125,76 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 123,01 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 121,24 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 145,37 / cx

Segurança Alimentar

No Dia da Saúde, Anffa Sindical alerta sobre privatização das inspeções de produtos de origem animal

Auditores fiscais federais agropecuários são aliados da população na garantia da saúde pública e da segurança dos alimentos

No Dia da Saúde, Anffa Sindical alerta sobre privatização das inspeções de produtos de origem animal

O Dia Nacional da Saúde, que foi celebrado nesta terça-feira (5), é dedicado à conscientização sobre a importância da educação sanitária e de um estilo de vida saudável. Por isso, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) alerta: a proposta de privatização das inspeções ante mortem e post mortem de animais destinados ao abate representa um grave risco à saúde da população brasileira e de mais de 150 países importadores da proteína produzida no Brasil.

A medida está prevista na minuta da Portaria nº 1.275/2025, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que regulamenta a Lei do Autocontrole (Lei nº 14.515/2022). O texto propõe o credenciamento de pessoas jurídicas para realizar atividades técnicas e operacionais de defesa agropecuária, entre elas, as inspeções antes e depois dos abates nos frigoríficos. O plano permite que empresas privadas, contratadas pelos próprios frigoríficos, assumam funções hoje atribuídas exclusivamente a servidores públicos, o que, segundo o Anffa, representa um conflito de interesses inaceitável e coloca em risco a saúde pública global.

“O primeiro passo para um estilo de vida saudável é uma alimentação segura e de qualidade. E isso só é possível graças à atuação dos auditores fiscais federais agropecuários, que hoje se veem obrigados a lutar contra propostas que colocam esse sistema em risco”, afirma o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo.

A proposta do governo avança em um cenário tenso para o Brasil no mercado internacional, principalmente por conta das tarifas de 50% impostas Estados Unidos para produtos como a carne brasileira. O país é responsável por 12% das exportações da proteína brasileira e, em seu mercado interno, não abre mão de que as inspeções sejam realizadas pelo Estado nos frigoríficos privados.

Além disso, o Brasil busca consolidar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Países com altos padrões sanitários, como a França, já demonstram resistência ao pacto. Enfraquecer os controles oficiais pode comprometer as negociações internacionais e expor o país a escândalos sanitários com impactos devastadores à imagem e à competitividade do agronegócio nacional.

Diante da gravidade do tema, o Anffa Sindical já denunciou a proposta ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando a suspensão imediata da tramitação da portaria e a abertura de inquérito para apurar sua legalidade e constitucionalidade. A entidade também acompanha a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 7.351/DF), em análise no Supremo Tribunal Federal (STF), que contesta dispositivos da Lei do Autocontrole por permitir a delegação de atividades típicas de Estado à iniciativa privada.

“O Brasil não pode abrir mão de um sistema de fiscalização independente, técnico e exercido por servidores de carreira, com respaldo para agir em defesa do interesse público. Fragilizar esse modelo é dar margem a fraudes, omissões e perdas irreparáveis na confiança construída junto aos mercados internacionais ao longo de décadas. Confiamos na atuação de médicos veterinários, mas eles ficarão expostos e sofrerão pressões que os auditores fiscais federais agropecuários recebem constantemente, mas contam com a estabilidade do serviço público”, completa Macedo.

No dia 5 de agosto, o Anffa Sindical reforçou que continuará atuando junto ao Congresso Nacional, ao Judiciário e à sociedade civil organizada para garantir a preservação de um modelo de fiscalização público comprometido com a saúde coletiva, a soberania sanitária e a manutenção da credibilidade do agronegócio brasileiro no cenário global.