
A Peste Suína Africana (PSA) continua a ser um desafio persistente para a indústria suinícola europeia, com novos dados da Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH) indicando um aumento nos surtos durante fevereiro de 2025.
Cenário Europeu:
- Três países – Estônia, Croácia e Ucrânia – relataram novas incursões da doença, enquanto outros treze atualizaram informações sobre surtos em andamento.
- Um total de 51 novos surtos foram confirmados em porcos domésticos e 735 em javalis, todos na Europa.
- As perdas em porcos domésticos ultrapassaram 3.900 animais durante o mês.
- Na Ucrânia, a PSA reapareceu em duas regiões – Kherson e Ternopil – com um surto a mais de 100 quilômetros de zonas previamente infectadas, o que demonstra a capacidade do vírus de realizar saltos geográficos repentinos.
- A maioria dos surtos de fevereiro ocorreu em áreas de criação de suínos de alta densidade, aumentando as preocupações dos produtores comerciais.
- Desde janeiro de 2022, a Europa registrou mais de 540.000 casos de PSA em suínos e quase 31.000 em javalis, resultando em mais de 1,3 milhão de perdas de animais.
Panorama Global:
- Embora nenhum novo surto de PSA tenha sido relatado na África, nas Américas, na Ásia ou na Oceania durante o mesmo período, o quadro global permanece preocupante.
- Desde o início de 2022, a PSA foi relatada em 64 países e territórios em cinco regiões do mundo, com quase dois milhões de porcos perdidos para a doença e quase um milhão de casos relatados.
Vacinação e Controle:
- Apesar da ameaça contínua, nenhum país adotou oficialmente a vacinação como resposta aos surtos.
- Alguns países estão explorando testes de campo de vacinas vivas modificadas, mas a WOAH alerta que qualquer vacina utilizada deve atender a padrões rigorosos de segurança e eficácia.
- Qualquer estratégia de vacinação deve ser apoiada por objetivos claros, recursos e uma estratégia de saída.
Principais Conclusões:
- A PSA afetou porcos e javalis em 64 países desde janeiro de 2022.
- A Europa lidera em perdas totais relatadas, seguida pela Ásia e África.
- Nenhum país relatou o uso da vacinação como método de controle de surtos.
- A doença continua a se espalhar além das zonas estabelecidas, especialmente na Europa.
Recomendações da WOAH:
A WOAH insta todos os países membros a:
- Manter altos padrões de biossegurança.
- Garantir a comunicação oportuna de relatórios sobre surtos.
- Conscientizar as partes interessadas.
- Utilizar apenas vacinas aprovadas e de alta qualidade dentro de programas bem planejados.
- Compartilhar dados sobre surtos, testes de vacinas e qualquer uso de vacinação preventiva.
A WOAH enfatiza a importância de uma abordagem global colaborativa e transparente para controlar a PSA e proteger a indústria suinícola em todo o mundo.
Referência: The Pig Site, WOAH











