
Expectativa de safra recorde no Brasil e cautela dos compradores pressionam preço da soja para baixo, enquanto USDA reduz projeção de produção global.
O preço da soja no Brasil teve queda nesta terça-feira (18), contrariando a tendência do mercado internacional. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a saca de 60 kg no Porto de Paranaguá (PR) fechou em R$ 130,35, uma baixa de 0,69% em relação ao dia anterior. No entanto, no acumulado do mês, o indicador do Cepea registra alta de 1,05%.
Fatores que influenciam o mercado:
- Safra recorde no Brasil: A expectativa de uma safra recorde no Brasil tem aumentado a oferta de soja no mercado interno, pressionando os preços para baixo. Parte dos compradores adia as compras, apostando em preços ainda menores nas próximas semanas.
- Quebra na Argentina e Paraguai: A seca na Argentina e no Paraguai tem comprometido a produção de soja nesses países, o que pode impactar o mercado internacional e elevar as cotações globais.
- USDA revisa projeção: O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo a projeção de produção global de soja para a safra 2024/25, devido à quebra na safra da Argentina e do Paraguai.
- Exportações: A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu a projeção de embarques de soja brasileira em fevereiro para 9,7 milhões de toneladas, mas ainda prevê aumento em relação ao mesmo período do ano passado.
Cotações no mercado interno:
Levantamento da Scot Consultoria aponta a saca de soja em R$ 116 em Luís Eduardo Magalhães (BA); R$ 113 em Rio Verde (GO); R$ 110 em Balsas (MA); R$ 105 em Sorriso (MT) e R$ 116 em Dourados (MS). Nos portos, a soja é cotada a R$ 132 em Santos (SP) e R$ 136 em Rio Grande (RS).
Perspectivas:
O mercado da soja no Brasil segue influenciado pela expectativa de safra recorde e pela cautela dos compradores. No entanto, a quebra na safra da Argentina e do Paraguai e a demanda aquecida no mercado internacional podem sustentar as cotações. Produtores e compradores devem monitorar as condições de oferta e demanda, além das variações climáticas, para tomar decisões estratégicas de comercialização.











