
O mercado de grãos teve um dia de fortes emoções em Chicago nesta quarta-feira (29/1). A soja e o milho subiram com preocupações climáticas na Argentina e o trigo disparou diante da redução das exportações russas.
Soja:
A soja subiu 1,48% com o clima seco na Argentina, que ameaça a produção local. O atraso na colheita brasileira também contribuiu para a alta, mas o ritmo acelerado dos trabalhos em Mato Grosso na última semana amenizou as preocupações. Apesar da alta, a tendência de médio prazo ainda é de queda, devido à perspectiva de uma safra recorde na América do Sul.
Milho:
O milho subiu 2,42%, impulsionado pela revisão da safra americana pelo USDA, demanda aquecida e clima desfavorável na Argentina. O milho americano está mais barato que o brasileiro, o que aumenta a demanda pelo produto dos EUA e sustenta os preços em Chicago. O atraso no plantio da safrinha no Brasil também contribui para a alta.
Trigo:
O trigo teve forte alta de 3,16%, com a redução das exportações russas e preocupações com as lavouras em áreas dos EUA e da Ucrânia. A consultoria russa SovEcon prevê que os embarques russos de trigo caiam para 2,10 milhões de toneladas em janeiro, após o governo estabelecer valores mínimos para as vendas externas.
Em resumo:
- Soja: alta de 1,48%, impulsionada pelo clima seco na Argentina e atraso na colheita brasileira. Tendência de queda no médio prazo.
- Milho: alta de 2,42%, influenciada pela revisão da safra americana, demanda aquecida e clima desfavorável na Argentina.
- Trigo: alta de 3,16%, com a redução das exportações russas e preocupações com as lavouras nos EUA e Ucrânia.
O mercado de grãos segue atento aos fatores climáticos na América do Sul, à demanda internacional e às políticas comerciais dos principais exportadores.











