Centenas de fazendeiros do Reino Unido se uniram novamente para protestar contra a reforma do Imposto sobre Herança Agrícola proposta pelo Partido Trabalhista. O protesto, que aconteceu no dia 11 de dezembro, teve como ponto culminante um enorme comboio de mais de 600 tratores, que percorreu as ruas de Londres e causou congestionamentos em Westminster. Organizado pelos grupos Save British Farming e Kent Fairness for Farmers, o evento visou alertar para as implicações da proposta fiscal que pode impactar profundamente os produtores rurais britânicos.
O Imposto sobre Herança Agrícola reformulado, se aprovado, exigiria que fazendeiros pagassem 20% de imposto sobre o valor da fazenda ao passá-la para a próxima geração, com um limite de isenção de £1 milhão. Embora o Partido Trabalhista defenda que a medida afetaria apenas alguns dos proprietários de terras mais ricos, os fazendeiros argumentam que a medida atinge uma vasta gama de produtores. Com o aumento do preço das terras, muitos temem que propriedades familiares valham muito mais do que o limite isento, tornando impossível pagar o imposto sem vender a terra ou comprometer a operação da fazenda.
Os manifestantes, com cartazes como “RIP UK farming” e “Sem fazendeiros, sem comida”, expressaram um forte sentimento de injustiça e desespero. Durante uma reunião do Comitê de Meio Ambiente em Westminster, Tom Bradshaw, presidente do Sindicato Nacional dos Agricultores (NFU), compartilhou a angústia de muitos fazendeiros, ressaltando os efeitos devastadores que o imposto pode ter na saúde mental e na continuidade das operações agrícolas.
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O apoio público foi destacado como essencial para que os fazendeiros possam pressionar o governo a revisar ou revogar a proposta. Líderes agrícolas já anunciaram que mais protestos estão programados para as próximas semanas, visando cidades onde ministros trabalhistas têm assentos parlamentares.
A discussão sobre o Imposto sobre Herança Agrícola e seu impacto na sustentabilidade da agricultura familiar continua a polarizar o Reino Unido, com fazendeiros afirmando que a medida pode significar o fim da agricultura britânica tal como a conhecemos.
Referência: Pig Progress
