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Fala Agro

Pensando bem, somos inovadores!!

Pensando bem, somos inovadores!!

Inovar, nem sempre se trata de algo inédito! Inovação é colocar ação para construir algo novo, apresentar mudanças, renovar, transformar situações, criar coisas inéditas ou mudar a forma antiga de se fazer algo. E isso não é diferente quando falamos de produção de alimentos.

Existem novas demandas dos consumidores, quer sejam relacionadas aos alimentos alternativos (não gosto deste nome, mas é assim que eles são conhecidos), meios de criação, restrição alimentar, ou simplesmente, pela necessidade do novo.

Nesta busca, muitos produtos aparecem no mercado como novidade, mesmo se tratando de alimentos que já existiam, eles ganham uma nova abordagem, chegam com receitas e técnicas de uso e vão ganhando público, principalmente aqueles mais curiosos, que estão sempre a procura de algo novo.

Este novo olhar traz profissionalismo, possibilidades de negócios e aumenta o valor agregado dos produtos. A pitaia, por exemplo, é uma fruta que vem ganhando destaque culinário, e que a bem pouco tempo atras, muitas pessoas sequer sabiam que era uma fruta e que era comestível. Atualmente a fruta tem produtores dedicado ao seu plantio e um excelente valor de mercado.

 E podemos extrapolar isso para tantas outras culturas como as mini hortaliças ou flores comestíveis. Um mercado sofisticado, que cresce a olhos vistos. Não se trata de uma nova hortaliça, mas de um jeito novo de produzir e consumir, assim como as flores. Lembro que durante a minha infância a minha professora me colocava de castigo por comer flores e hoje eu encontro esta iguaria em restaurantes sofisticados.

O mesmo acontece com as proteínas de origem animal. O frango não mudou anatomicamente, e como aparecem novos cortes? O sassami, que era vendido junto com o peito, ganhou status de corte, a sambiquira que era um subproduto, hoje já é encontrada nas prateleiras de supermercado. Estas partes já existiam, mas tinham um valor culinário pouco explorado. Algumas até sofrem preconceito, como é o caso da sambiquira, ou mesmo do pé, tão rico em colágeno e disputado no mercado asiático, mas com poucos simpatizantes no mercado nacional.

Todos nós conhecemos o filé de tilápia, mas o contrafilé de tilápia ainda é um corte pouco conhecido, assim como a sambiquira, esta parte era tratada como um subproduto, mas foi percebido um valor culinário importante e pouco a pouco este corte vai se tornando popular. E o mesmo acontece com a carne suína, bovina etc.

O agronegócio precisa estar pronto para discutir temas como este com as novas gerações. Estes “novos alimentos” aumentam a curiosidade e a aceitação de fontes alternativas. Crianças e jovens podem conhecer formas alternativas de produção de comida, como as algas e os insetos, ou mesmo novos vegetais. Quebrar paradigmas pode despertá-los para a evolução de hábitos alimentares, valorizando a natureza e aumentando o potencial que o agronegócio tem de acabar com a fome no mundo!