
A pecuária regenerativa tem o potencial de ser uma peça central na solução climática global. Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, defendeu essa ideia durante um painel do evento Bloomberg Green em São Paulo, destacando que a agricultura tropical brasileira tem a capacidade única de capturar mais carbono do que emite, contribuindo para o combate às mudanças climáticas e à insegurança alimentar.
O papel da pecuária será um dos destaques na COP30, que ocorrerá em Belém. A SB COP, aliança global coordenada pela CNI, que Tomazoni lidera no grupo de trabalho global de sistemas alimentares, levará propostas da iniciativa privada para a conferência.
Tomazoni afirmou que a COP30 é uma oportunidade para o Brasil mostrar que a agricultura tropical e a pecuária regenerativa são parte da solução. As propostas da JBS focam em:
- Avançar em uma produção que captura carbono com mecanismos de mensuração adequados.
- Aumentar a produtividade com foco em pequenos e médios produtores.
- Destravar financiamentos de longo prazo para uma transição justa.
O executivo defendeu a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) como caminho essencial. Estudos indicam que fazendas bem manejadas capturam mais carbono do que emitem, e que a agricultura pode absorver até 26% das emissões globais. No Brasil, o manejo adequado de pastagens tem recuperado solos degradados, permitindo até três safras anuais sem necessidade de expansão de áreas, o que poupa as florestas.
Tomazoni enfatizou que o maior desafio está nos pequenos produtores. Por isso, a JBS tem investido neles através dos Escritórios Verdes, que já auxiliaram mais de 20 mil propriedades desde 2021 com assistência técnica gratuita, regularização ambiental e inclusão tecnológica.
A JBS também faz parte do Programa Pecuária Sustentável do Governo do Pará, que prevê a rastreabilidade individual do rebanho estadual. Nesta segunda-feira, lojas do Atacadão no estado começaram a vender o primeiro lote de carne 100% rastreada produzida no Pará, em unidades da JBS.












