
A indústria de suinocultura do Brasil demonstrou um desempenho extraordinário em outubro, registrando o segundo maior volume de exportação mensal da história. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os embarques totais (incluindo produtos in natura e processados) alcançaram 144 mil toneladas, um volume 10,1% superior às 130,9 mil toneladas exportadas no mesmo período de 2024. A receita também atingiu o segundo melhor patamar histórico, somando US$ 343,6 milhões, um avanço de 9,7% sobre os US$ 313,3 milhões de outubro do ano anterior.
O desempenho de outubro solidificou 2025 como um ano de recorde financeiro para o setor, mesmo antes de seu término. No acumulado de janeiro a outubro, o volume exportado atingiu 1,266 milhão de toneladas, 12,9% acima do registrado no mesmo período de 2024 (1,121 milhão de toneladas). Em receita, o salto foi ainda mais expressivo, de 22,7%, alcançando US$ 3,046 bilhões. Este valor acumulado nos dez primeiros meses do ano já supera o faturamento total obtido em todo o ano de 2024, que foi de US$ 3,033 bilhões.
Um dos principais fatores para o sucesso deste ano é a forte diversificação de mercados. Embora a China tenha reduzido suas compras em 47,6% (10 mil toneladas), outros destinos compensaram amplamente a queda. As Filipinas assumiram a liderança em outubro, importando 46,3 mil toneladas (+21%). O crescimento também foi notável em mercados de alto valor, como Japão (10,7 mil toneladas, +5,9%) e México (10,05 mil toneladas, +27,1%), além de um salto de 266,7% nos embarques para a Costa do Marfim. “Temos visto um forte incremento da capilaridade das exportações de carne suína, com importantes mercados mundiais ganhando mais representatividade”, avaliou Ricardo Santin, presidente da ABPA.
No cenário nacional, Santa Catarina manteve a liderança como principal estado exportador, com 69 mil toneladas enviadas em outubro (+0,6%). O grande destaque do mês foi o Rio Grande do Sul, que ampliou seus embarques em 32%, atingindo 36,5 mil toneladas. O Paraná (22,2 mil toneladas), Minas Gerais (3,7 mil toneladas) e Mato Grosso (3,5 mil toneladas) também registraram crescimento significativo no período.
Referência: ABPA











