
A revolução na suinocultura não virá de um novo fármaco, mas da capacidade de processar informação. A inteligência artificial (IA) deixou de ser exclusividade do setor de tecnologia e se tornou o novo “sistema nervoso” da agricultura moderna. Ferramentas como o ChatGPT e algoritmos de aprendizado de máquina estão permitindo que produtores prevejam necessidades do plantel, otimizem a nutrição e gerenciem equipes com uma precisão inédita, transformando a intuição do “olho do dono” em dados mensuráveis e acionáveis.
A aplicação prática da IA já é uma realidade em diversas frentes da produção de suínos nos EUA. Modelos preditivos analisam sons de tosse antes mesmo de surgirem sinais clínicos, identificam o cio das matrizes por meio de câmeras e ajustam automaticamente a ventilação e a umidade dos galpões em tempo real. Na nutrição, algoritmos cruzam dados de crescimento, clima e preço de insumos para formular a dieta de menor custo que atinja as metas de desempenho, gerando economia direta por tonelada de ração. O impacto é tangível: uma integradora americana reportou redução de 9% na mortalidade ao utilizar algoritmos de alerta precoce.
Longe de substituir o fator humano, a tecnologia amplifica a capacidade do produtor. O conceito de “copiloto digital” permite que veterinários e gerentes acessem resumos instantâneos de históricos sanitários ou relatórios de mercado complexos, liberando tempo para o manejo direto dos animais. Para quem deseja começar, especialistas sugerem a metodologia ‘DRIVE’: limpar os Dados, realizar testes-piloto (Run), capacitar especialistas Internos, garantir o envolvimento da liderança (VIPs) e Executar agora. A mensagem é clara: a IA não substituirá o suinocultor, mas o suinocultor que usa IA substituirá aquele que a ignora.
Referência: Pork Business












