
A suinocultura russa vive um ano de quebra de recordes e projeção internacional. Impulsionada por uma demanda vizinha voraz e pela abertura de novos mercados, a Rússia deve encerrar 2025 como o quinto maior exportador mundial de carne suína. Segundo dados apresentados por Yuri Kovalev, presidente da União Russa de Produtores de Carne Suína, o país embarcou 324 mil toneladas nos primeiros dez meses do ano, um salto de 26% em relação a 2024. Se a tendência se confirmar, a receita anual com as vendas externas superará a marca de US$ 1 bilhão.
O grande motor desse crescimento não foi a Ásia, mas sim a vizinha Bielorrússia. Enfrentando dificuldades na produção local, o país absorveu quase um terço das exportações russas (116.800 toneladas), registrando um aumento de 47% nas compras. O Vietnã manteve-se como o segundo maior parceiro, com crescimento de 13%. Em contrapartida, o desempenho na China ficou aquém do esperado: as vendas devem fechar em 50 mil toneladas, longe da meta ambiciosa de 200 mil toneladas projetada anteriormente, travada pelo fato de apenas três frigoríficos russos possuírem licença para exportar ao gigante asiático.
Olhando para o futuro, o setor projeta elevar a fatia exportada de 8% para até 12% da produção nacional. A estratégia central para alcançar essa meta é a diversificação de mercados, com foco total nas negociações com as Filipinas. A Rússia almeja conquistar pelo menos 10% desse mercado consumidor massivo (que importa até 800 mil toneladas/ano), o que mudaria o patamar da suinocultura russa no cenário global.
Referência: Pig Progress











