Fonte CEPEA
Milho - Indicador Campinas (SP)R$ 69,50 / kg
Soja - Indicador PRR$ 136,20 / kg
Soja - Indicador Porto de Paranaguá (PR)R$ 142,67 / kg
Suíno Carcaça - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 12,82 / kg
Suíno - Estadual SPR$ 8,87 / kg
Suíno - Estadual MGR$ 8,44 / kg
Suíno - Estadual PRR$ 8,23 / kg
Suíno - Estadual SCR$ 8,30 / kg
Suíno - Estadual RSR$ 8,30 / kg
Ovo Branco - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 126,01 / cx
Ovo Branco - Regional BrancoR$ 126,60 / cx
Ovo Vermelho - Regional Grande São Paulo (SP)R$ 137,43 / cx
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 137,89 / cx
Ovo Branco - Regional Bastos (SP)R$ 118,77 / cx
Ovo Vermelho - Regional Bastos (SP)R$ 130,76 / cx
Frango - Indicador SPR$ 8,10 / kg
Frango - Indicador SPR$ 8,12 / kg
Trigo Atacado - Regional PRR$ 1.182,07 / t
Trigo Atacado - Regional RSR$ 1.046,01 / t
Ovo Vermelho - Regional VermelhoR$ 121,50 / cx
Ovo Branco - Regional Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 120,44 / cx
Ovo Branco - Regional Recife (PE)R$ 117,75 / cx
Ovo Vermelho - Regional Recife (PE)R$ 138,62 / cx

Mercado

Revisões de estoque e alta produtividade devem limitar ganhos da suinocultura americana em 2026

Relatório do USDA surpreende com aumento na oferta de suínos apesar da queda no rebanho de matrizes. Saiba mais

Revisões de estoque e alta produtividade devem limitar ganhos da suinocultura americana em 2026

O mais recente Relatório de Suínos e Porcos do USDA, divulgado em 1º de dezembro de 2025, surpreendeu o mercado com dados que contrariam as expectativas de estabilidade na oferta. O documento revelou que o rebanho de matrizes dos Estados Unidos encolheu para 5,95 milhões de cabeças, uma queda de 1% em relação ao ano anterior, atingindo o menor nível para o mês de dezembro desde 2014. No entanto, o que seria um sinal de contração foi ofuscado por números de estoques totais e animais prontos para abate acima do esperado, configurando um cenário classificado pelo economista Lee Schulz (Ever.Ag) como “pessimista”.

O impacto imediato nos preços vem da categoria de suínos de mercado com peso superior a 81,6 kg (180 lb), que registrou um aumento de 3% na comparação anual. O dado pegou os analistas de surpresa, já que a média das previsões apontava para uma alta modesta de apenas 0,5%. Além disso, o USDA revisou para cima os dados de períodos anteriores: o estoque total de setembro de 2025 foi ajustado em +1,1% e a produção de suínos entre junho e agosto teve uma revisão de +2,5%. Essas correções indicam que havia mais suínos no sistema do que o contabilizado anteriormente, totalizando agora um estoque geral de 75,5 milhões de cabeças (+1%).

Mesmo com o plantel de reprodutoras reduzido, a intenção de produção permanece aquecida. O relatório aponta que os produtores americanos planejam parir 2,89 milhões de porcas no trimestre de dezembro de 2025 a fevereiro de 2026, um aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A mesma tendência de alta (2%) é projetada para o trimestre de março a maio. Isso demonstra que, apesar da redução física do rebanho de matrizes, a eficiência do sistema permite manter a escala de produção elevada, desafiando a lógica de que menos mães resultariam em menos leitões a curto prazo.

Essa eficiência é comprovada pelos índices de produtividade, que continuam quebrando recordes. A média de leitões salvos por ninhada chegou a 11,93, mantendo uma sequência histórica de 17 trimestres consecutivos de crescimento, embora o ritmo dessa melhora esteja desacelerando. Diante desse quadro de oferta robusta, Schulz projeta um ano de 2026 moderadamente lucrativo, mas faz um alerta para o gerenciamento de risco: a combinação de revisões de estoque para cima e aumento na eficiência pode pressionar as margens e os preços no decorrer do ano.

Referência: Pork Business