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Mercado Internacional

Reino Unido: Apesar do esforço, país ainda depende fortemente da carne suína da UE

Reino Unido: Apesar do esforço, país ainda depende fortemente da carne suína da UE

O Reino Unido tem buscado aumentar sua produção nacional de carne suína, mas ainda permanece altamente dependente da União Europeia (UE) para o abastecimento desse alimento. Nos primeiros 11 meses de 2024, o país importou 249 mil toneladas de carne suína fresca de seus vizinhos europeus, um aumento de 12 mil toneladas em relação ao mesmo período do ano anterior.

As importações de carne suína congelada também cresceram, atingindo 61,5 mil toneladas, um aumento de 7 mil toneladas. O consumo de salsichas europeias pelos britânicos também aumentou, chegando a 142,9 mil toneladas, 7 mil toneladas a mais que no ano anterior.

A única exceção foi o bacon, com uma pequena redução de 3,4 mil toneladas em relação ao ano anterior, totalizando 162,5 mil toneladas.

Em valor, as importações totais de carne suína, bacon, salsichas e outros produtos suínos nos primeiros 11 meses de 2024 somaram £ 2,7 bilhões (€ 3,25 bilhões), apenas £ 30 mil (€ 36 mil) a menos que no ano anterior.

Destino da carne suína importada

Uma grande parte da carne suína importada pelo Reino Unido é destinada à indústria de processamento ou ao setor de hospitalidade, como restaurantes e cafés. No entanto, uma parcela significativa do bacon importado também é destinada ao varejo.

Pesquisas indicam que a maioria do bacon vendido nos grandes supermercados britânicos é proveniente da UE, com Holanda e Dinamarca sendo os principais fornecedores.

Em relação às salsichas, a situação é um pouco melhor, com a maioria sendo produzida por processadores do Reino Unido. Já a carne de porco em si é um produto em que os britânicos parecem dar preferência à produção nacional, com grande parte sendo de origem local.

Esforços para aumentar a produção nacional

A indústria suína britânica tem se esforçado para aumentar sua participação no mercado, inclusive em outros setores além do varejo. Após a crise dos últimos anos, os números de abate e a produção de carne suína estão mostrando sinais de recuperação.

Em dezembro de 2024, o abate de suínos foi 10% maior em relação ao ano anterior, com 852 mil cabeças, enquanto a produção de carne suína cresceu 8,9%, com 77 mil toneladas.

No entanto, as margens para os produtores de suínos britânicos caíram no último trimestre de 2024 devido ao aumento dos custos da ração e aos preços mais baixos dos suínos.

Apesar disso, o setor se mantém positivo, com expectativas de que o mercado se mantenha estável e com margens positivas para os produtores.

Em resumo, o Reino Unido ainda depende fortemente da carne suína importada da UE, mas tem buscado aumentar sua produção nacional e diversificar seus fornecedores. A indústria suína britânica enfrenta desafios, como o aumento dos custos de produção, mas se mantém otimista em relação ao futuro do setor.

Fonte: Pig Progress