Fonte CEPEA
Milho Campinas (SP)R$ 62,73 / kg
Soja PRR$ 129,75 / kg
Soja Porto de Paranaguá (PR)R$ 136,48 / kg
Suíno Grande São Paulo (SP)R$ 12,58 / kg
Suíno SPR$ 8,62 / kg
Suíno MGR$ 8,23 / kg
Suíno PRR$ 8,04 / kg
Suíno SCR$ 8,02 / kg
Suíno RSR$ 8,01 / kg
Ovo Branco Gande São Paulo (SP)R$ 154,17 / cx
Ovo Branco Grande BH (MG)R$ 162,23 / cx
Ovo Vermelho Gande São Paulo (SP)R$ 170,12 / cx
Ovo Vermelho Grande BH (MG)R$ 176,16 / cx
Ovo Branco Bastos (SP)R$ 147,39 / cx
Ovo Vermelho Bastos (SP)R$ 163,77 / cx
Frango SPR$ 7,40 / kg
Frango SPR$ 7,41 / kg
Trigo PRR$ 1.475,85 / t
Trigo RSR$ 1.318,72 / t
Ovo Vermelho Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 171,52 / cx
Ovo Branco Santa Maria do Jetibá (ES)R$ 156,25 / cx
Ovo Branco Recife (PE)R$ 141,40 / cx
Ovo Vermelho Recife (PE)R$ 151,47 / cx

Mercado Internacional

Preço do suíno na China fica abaixo do custo de produção e pressiona setor

A suinocultura na China enfrenta margens apertadas. Conheça o preço do suíno vivo e a situação de pequenos criadores

Preço do suíno na China fica abaixo do custo de produção e pressiona setor

A suinocultura chinesa, maior do mundo, enfrenta margens extremamente apertadas ou até negativas. Segundo o relatório mais recente do World Swine Market Report, o preço médio nacional do suíno vivo no país está em 14,92 RMB/kg, o equivalente a 94,77 dólares por libra peso vivo. Para grandes produtores, o custo médio de produção varia entre 15 e 17 RMB/kg, deixando pouco ou nenhum espaço para lucro. Pequenos criadores, com eficiência menor, enfrentam custos ainda mais altos — entre 17 e 20 RMB/kg — e têm registrado prejuízos.

Tabela mundial de preços de suínos em julho de 2025. Fonte: Genesus

Por outro lado, o mercado de leitões (feeder pigs) permanece aquecido. O preço médio de um leitão de 20 kg (44 libras) na China chega a 102,86 dólares, um dos valores mais altos do mundo. Nesse segmento, a estimativa é de que os produtores tenham lucro entre 36 e 56 dólares por animal comercializado.

A conjuntura desfavorável — alimentada por custos elevados de ração, problemas sanitários persistentes e excesso de oferta — levou o governo chinês a anunciar medidas emergenciais. Entre elas, está a redução do plantel nacional de matrizes suínas em 1 milhão de cabeças, que passará dos atuais 40,38 milhões para conter o excedente de carne suína e aliviar pressões deflacionárias na economia.

Além disso, novas regras foram implementadas, como a proibição de alimentar animais que já atingiram o peso de abate apenas para engordá-los ainda mais antes da venda — prática considerada um dos fatores que pioraram o desequilíbrio entre oferta e demanda e derrubaram os preços.

O objetivo das autoridades é restaurar um equilíbrio mais saudável no mercado interno e mitigar a deflação, que já dura oito trimestres consecutivos — o período mais longo das últimas quatro décadas. Com o crescimento do PIB em desaceleração, o mercado imobiliário em recessão profunda, desemprego juvenil acima de 20% e tensões comerciais globais elevadas, a carne suína, além de ser alimento essencial, ocupa um papel estratégico na estabilidade econômica e social da China.

Para 2025, a expectativa é que o setor siga pressionado e que apenas produtores especializados em leitões consigam manter rentabilidade consistente.