
Segundo dados analisados pela Famasul, as exportações de carne suína in natura cresceram 11,76% em receita no acumulado de janeiro a novembro, totalizando US$ 49,2 milhões e 20,7 mil toneladas embarcadas. Esse novo status funciona como um “selo de qualidade”, ampliando a visibilidade do produto sul-mato-grossense no exterior.
O dinamismo do setor reflete-se também no ritmo da indústria. Somente em novembro, os frigoríficos do estado abateram 311,1 mil suínos, um aumento de 4,96% em relação ao mesmo mês de 2024. Esse volume evidencia a capacidade de resposta da cadeia produtiva local, que tem conseguido alinhar o aumento da oferta à demanda crescente e manter o fluxo de abastecimento ajustado às necessidades do mercado.
Para sustentar o acesso a compradores exigentes como Singapura, Filipinas e Emirados Árabes, a exigência técnica nas granjas aumentou consideravelmente. Fernanda Lopes, consultora técnica da Famasul, destaca que a profissionalização precisa ser contínua para honrar a certificação. Segundo ela, práticas rigorosas de biosseguridade deixaram de ser diferenciais para se tornarem pré-requisitos fundamentais para a manutenção da segurança sanitária do plantel.
Especialistas reforçam que o selo internacional atua como um facilitador comercial, mas não dita sozinho a valorização do produto. A consultora de economia Eliamar de Oliveira ressalta que o preço do suíno vivo é sustentado por um tripé: oferta equilibrada, demanda firme e exportações em alta. O status sanitário entra como um alicerce de confiança, garantindo que os canais de venda permaneçam abertos e impulsionando um ciclo de modernização que eleva a régua de qualidade de toda a suinocultura estadual.
Referência: Capital News












