
Com a alta generalizada nos preços dos itens tradicionais da ceia de fim de ano, o consumidor brasileiro está migrando para cortes suínos específicos em busca de economia. Uma pesquisa da VR, baseada em 13 milhões de notas fiscais, revela que enquanto o tender (-11,3%) e o pernil (-1,9%) ficaram mais baratos, outros protagonistas da festa encareceram: as aves festivas (tipo Chester) subiram 16,9%, o lombo suíno aumentou 18% e o bacalhau disparou, saltando de R$ 61 para R$ 113 o quilo.
Esse cenário de preços competitivos deve consolidar ainda mais a carne suína no prato do brasileiro, cujo consumo per capita subiu para 19 kg em 2025 (+2,3%). Especialistas, como Flávia Brunelli da Del Veneto, projetam um aumento de 20% na procura em dezembro, com destaque para cortes premium como o carré de leitão e a porchetta, que aliam rendimento e facilidade de preparo.
No setor avícola, a estratégia foi de ajuste. A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) projeta que o Rio Grande do Sul faturará R$ 1,438 bilhão com aves natalinas (+2% sobre 2024), mesmo com uma leve redução de 2,4% no volume produzido (56,4 mil toneladas).
Para a entidade, os números refletem uma “maturidade produtiva”, onde o setor adequou a oferta para manter a rentabilidade diante de custos elevados e desafios climáticos, garantindo o abastecimento do tradicional peru, que teve uma variação de preço mais contida (+2,4%).
Referência: Agro Estadão












