
A disseminação da gripe aviária altamente patogênica H5N1, responsável pela morte de centenas de milhões de aves em todo o mundo e com crescente registro de casos em mamíferos, acende um alerta global para a necessidade de medidas de biossegurança, monitoramento, vigilância e resposta rápida para proteger o setor avícola e salvaguardar a saúde pública.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH) alertam para a gravidade da situação, descrevendo a disseminação da doença como “sem precedentes” e destacando os sérios impactos na segurança alimentar, fornecimento de alimentos, economia e saúde pública.
“A gripe aviária representa um desafio complexo, com implicações que vão além da saúde animal, afetando a segurança alimentar, a biodiversidade, os meios de subsistência e o comércio”, afirma Godfrey Magwenzi, vice-diretor-geral da FAO.
Diante da urgência da situação, a FAO e a WOAH lançaram uma estratégia global de 10 anos para a prevenção e controle da gripe aviária de alta patogenicidade. A vice-diretora-geral da FAO, Beth Bechdol, destaca a importância da coordenação global e da atuação da FAO na linha de frente do combate ao vírus.
“A FAO tem mais de 20 anos de experiência no combate à gripe aviária, apoiando governos na detecção, prevenção e resposta a surtos. Uma cadeia é tão forte quanto seu elo mais fraco. Ao trabalharmos juntos, podemos reduzir o impacto da gripe aviária e proteger a saúde animal e humana, local e globalmente”, ressalta Bechdol.
A disseminação do H5N1 nos últimos quatro anos, com aumento de casos em mamíferos e perdas massivas em aves domésticas e selvagens, evidencia a necessidade de medidas urgentes e coordenadas. A FAO apela aos países para que adotem as seguintes ações:
- Melhorar a vigilância e os relatórios.
- Aumentar a capacidade laboratorial.
- Desenvolver e implementar planos de preparação e continuidade dos negócios.
- Promover a gestão de riscos por meio da biossegurança.
- Considerar a vacinação como medida de mitigação de riscos.
- Fortalecer a resposta a surtos.
- Promover a cooperação regional e internacional.
A ação coordenada global é fundamental para conter a disseminação do H5N1, proteger a saúde animal e humana e evitar uma potencial pandemia.
Referência: Poultry World/ FAO/ USDA/ Reuters