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SANIDADE

Mídia internacional fala na morte de 900 focas e leões-marinhos no Brasil por gripe aviária; ainda não há confirmação do MAPA

Informações ainda não foram confirmadas pelo MAPA; dados foram divulgados pela Reuters nesta segunda-feira ()

Mídia internacional fala na morte de 900 focas e leões-marinhos no Brasil por gripe aviária; ainda não há confirmação do MAPA

De acordo com publicação realizada nesta segunda-feira (11) pela Reuters, autoridades teriam afirmado que quase 1.000 focas e leões-marinhos no sul do Brasil morreram devido a surtos de gripe aviária. Segundo a publicação, o Rio Grande do Sul confirmou um inédito número de 942 mortes de mamíferos marinhos após infecção pela influenza aviária altamente patogênica.

Declaração oficial

O Ministério da Agricultura relatou 148 surtos de gripe aviária no país, principalmente ao longo da costa, declarando uma emergência de saúde para conter a doença, que, segundo eles, “ainda não é considerada endêmica no Brasil”.

Os dados oficiais são disponibilizados apenas pelo Ministério da Agricultura. O montante de casos, que ainda não foi confirmado, se dá ao longo do período e não somente uma única ocorrência vindo de áreas como Uruguai e estariam focadas no Rio Grande do Sul.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) pontuou que ocorrências em animais marinhos não geram impacto direto nas exportações, já que somente são afetadas quando se há ocorrências da gripe aviária em plantel comercial.

Não há relatos do MAPA sobre este cenário em animais marinhos. A redação da Gessulli Agrimídia entrou em contato com a assessoria do Ministério da Agricultura e aguarda um retorno oficial sobre o relato.

O que diz a publicação internacional

Segundo publicado pela Reuters, a oceanógrafa Silvina Botta, da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG), teria afirmado que os animais precisam ser enterrados ou incinerados o mais rápido possível para reduzir o risco de contaminação de humanos ou outros animais.

Cientistas também teriam encontrado alguns mamíferos marinhos convulsionando ao longo das praias locais, pois o vírus ataca o sistema nervoso deles. De acordo com as regulamentações de saúde do governo, os animais precisam ser sacrificados para evitar “uma morte muito dolorosa”, disse Botta.

Botta afirmou que o primeiro diagnóstico de mortes de mamíferos marinhos no Rio Grande do Sul ocorreu em setembro, quando taxas incomuns de mortalidade chamaram a atenção dos cientistas. Três cidades no estado ainda têm surtos ativos.

Ela disse que a contaminação entre mamíferos marinhos parece ter começado no Peru e depois circulado pelo continente sul-americano, afetando a vida selvagem no Chile, Argentina, Uruguai e agora no Brasil.

Controle da gripe aviária

Desde o primeiro relato no Brasil em maio, o Ministério da Agricultura afirma que medidas preventivas evitaram um surto em fazendas de aves comerciais, o que poderia desencadear proibições de exportação contra o Brasil, o maior exportador mundial de frango.