
A crescente adoção do sistema de alojamento em grupo para porcas gestantes na suinocultura moderna trouxe à tona a necessidade de atualizar os métodos de vigilância sanitária, buscando alternativas que sejam práticas e economicamente viáveis. Um estudo recente, conduzido pelo pesquisador Jeff Zimmerman, da Universidade Estadual de Iowa, e financiado pelo Centro de Informações sobre Saúde Suína (SHIC), validou um novo protocolo para a coleta de fluido oral nestas populações. A pesquisa confirma que o uso de cordas de algodão é uma estratégia robusta, não invasiva e de baixo custo para monitorar a saúde do plantel reprodutivo.
Para garantir a eficácia do processo em baias coletivas, o estudo recomenda a instalação de duas cordas por alojamento e estipula um tempo de amostragem entre 60 e 90 minutos. Este período é significativamente maior do que o recomendado para suínos em crescimento, um ajuste necessário devido ao porte físico das matrizes, que restringe o número de animais que conseguem acessar as cordas simultaneamente. Os testes de campo, realizados em uma granja comercial com 6.500 matrizes, demonstraram que essa janela de tempo maximiza a interação dos animais e garante volume suficiente de fluido para as análises laboratoriais.
A viabilidade econômica é outro ponto forte da diretriz proposta. O protocolo sugere que as duas cordas de uma mesma baia sejam combinadas em uma única amostra antes do envio ao laboratório, reduzindo os custos com testes diagnósticos. Além disso, a pesquisa reforçou a sensibilidade do método: devido ao comportamento natural dos suínos de explorar o ambiente, patógenos presentes na baia são transferidos para as cordas, permitindo a detecção de agentes infecciosos mesmo que estes não sejam excretados diretamente pela saliva. Isso consolida a coleta de fluido oral como uma ferramenta essencial para a detecção precoce de doenças emergentes e a manutenção da biosseguridade nas granjas.
Referência: Pork Business












